A crise ainda se faz sentir no mercado português de produtos tecnológicos (electrónica de consumo, fotografia, pequenos e grandes electrodomésticos, telecomunicações, tecnologias de informação e equipamento de escritório), que apresentou, no segundo trimestre, uma queda de 11,8 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, para os 572 milhões de euros, segundo o GfK TEMAX.
O sector dos pequenos electrodomésticos foi o único com uma variação homóloga positiva, de 13,4 por cento, e o sector dos grandes electrodomésticos registou uma variação relativamente estável, caindo 0,9 por cento. Já os sectores de equipamento de escritório, electrónica de consumo, telecomunicações e tecnologias de informação sofreram quebras na facturação de dois dígitos (-35,3%, -15,3%, -14,8% e -12,1% respectivamente).
O sector dos pequenos electrodomésticos conseguiu uma facturação de 46 milhões de euros no segundo trimestre. Segmentos como os modeladores de cabelo, as fritadeiras, as máquinas de pão e as ventoinhas registaram algumas das variações homólogas mais positivas. Este sector não foi afectado pela actual conjuntura económica, continuando a apresentar uma tendência positiva à semelhança dos períodos anteriores.
Já os grandes domésticos mostraram uma performance relativamente estável. Com um volume de vendas de 132 milhões de euros, até Junho, o sector acumulou uma quebra de 3,2 por cento. As máquinas de secar a roupa apresentaram as quedas mais acentuadas, enquanto os outros segmentos revelaram variações relativamente estáveis.
Na electrónica de consumo, o segundo trimestre ficou marcado por uma queda de 15,3 por cento face ao período homólogo, com um volume de vendas de 133 milhões de euros. Seguindo a tendência do período anterior, os LCD continuam a representar mais de 50 por cento da facturação deste segmento e, num mercado em que as inovações marcam a diferença, destacou-se o aumento da procura dos leitores e gravadores de media de alta definição.
O total da facturação do mercado de fotografia durante o período em análise foi de 22 milhões de euros, o que representa uma quebra 6,8 por cento. O segmento das câmaras digitais apresentou uma tendência que está em linha com os períodos anteriores.
Nas tecnologias da informação, a facturação continua em queda. No segundo trimestre, registou-se um volume de vendas de 113 milhões de euros, com uma variação negativa de 12,1 por cento face ao mesmo período do ano passado. Neste sector, o preço médio está constantemente em queda, o que resulta numa quebra em valor.
Durante o período em análise, o sector de equipamento de escritório apresentou uma variação homóloga negativa de 35,3 por cento, o que representa um volume de vendas de 46 milhões de euros. Um dos drivers desta tendência é o facto das impressoras e os tinteiros representarem mais de dois terços da facturação do sector e registarem a maior quebra face ao período homólogo.
Finalmente, nas telecomunicações, o volume de vendas atingiu os 81 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra na facturação de 14,8 por cento face ao período homólogo.