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Portugal no topo dos países com maior perda desconhecida
2006-10-09

A taxa de perda desconhecida em Portugal voltou a cair em 2006 para 1,34 por cento do volume de vendas, segundo a sexta edição do Barómetro Europeu de Roubo no Retalho (ERTB). Trata-se de uma diminuição significativa já que, à semelhança do ano passado, Portugal volta a ocupar o quarto lugar no ranking dos países europeus mais afectados pela perda desconhecida, com quebras na ordem dos 204 milhões de euros.

Portugal segue assim a tendência de queda verificada na Europa desde 2002, altura em que a taxa nacional de perda estava nos 1,44 por cento. A nível europeu, a taxa de perda desconhecida caiu, em 2006, para 1,24 por cento do volume de vendas, dando continuidade à tendência de queda verificada desde 2002, altura em que se situava nos 1,45 por cento. Isto representa uma diminuição total de 14,5 por cento na taxa de perda desconhecida nos últimos quatros anos. No entanto, 2006 regista a menor descida dos últimos cinco anos.

“O relatório deste ano mostra claros progressos na diminuição da perda desconhecida em toda a Europa e Portugal não foi excepção. No entanto há ainda um longo caminho a percorrer. Lutar contra um clima socio-económico de constantes mudanças, como o que vivemos actualmente, é uma tarefa árdua que requer um desenvolvimento constante das soluções”, defende Paulo Borges, country manager da Checkpoint Systems.

A maioria dos retalhistas está consciente que a perda desconhecida ainda continua a afectar o seu negócio, apesar de todos os avanços tecnológicos registados nos últimos anos. Em 2006, o estudo verificou que quase metade dos produtos mais sensíveis ao furto (40,6%) continuam desprotegidos, situação que contribuiu para perdas nos stocks na ordem dos 29 mil milhões de euros. Segundo o Centro de Retalho e Pesquisa (CRR), estas perdas custariam o equivalente a 220 euros por ano por lar europeu.

Os produtos mais vulneráveis ao furto são bens de consumo caros e de marca, artigos para entretenimento/ócio, cuidados pessoais, roupa, bebidas alcoólicas e dispositivos electrónicos, lâminas de barbear, pens e produtos de cosmética. Os produtos mais roubados são normalmente roupa de senhora, perfumes e fragrâncias, roupa de grife e sapatos, lâminas de barbear, cosméticos e produtos de cuidado da pele, bebidas alcoólicas, DVD’s, roupa para homem, jogos de computador e pequenos artigos de electrónica como laptops, leitores de MP3, telemóveis e software.

O roubo por parte de clientes continua a ser a grande causa de perda desconhecida, atingindo os 14.159 milhões de euros. Apesar da ligeira diminuição, a taxa de perda desconhecida por furto de clientes ainda se situa nos 48,8 por cento. Por outro lado, as perdas internas com origem em empregados continuam a crescer, ascendendo aos 8.925 milhões de euros.

Em Portugal, os custos de roubo no retalho (excluindo os erros internos) atingiram os 172 milhões de euros. 53,8 por cento destas perdas tiveram origem em clientes e 22 por cento em empregados. Estes custos representam um aumento de um milhão de euros face a 2005, onde o valor se situava nos 171 milhões de euros.

O estudo revela ainda que os retalhistas europeus continuam a procurar novas formas de combater o roubo, investindo, em 2006, cerca de oito mil milhões de euros em soluções de segurança. Quase 74 por cento dos retalhistas europeus implementaram ou estão a pensar implementar sistemas de etiquetagem na origem EAS (Electronic Article Surveillance), para protecção dos produtos desde o processo de fabrico. Um estudo recente do GfK, divulgado pela Checkpoint, revelou que 83 por cento dos consumidores europeus prefere ter acesso facilitado aos produtos antes de os comprar. O VI ERTB demonstrou que o processo de etiquetagem na origem está a crescer rapidamente, com 43,5 por cento dos inquiridos a revelar que já está a utilizar este processo e 30,4 por cento a esperar fazê-lo nos próximos dois anos.

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L.Branca/PAE

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