Portugueses sacrificam despesas com bebidas, tabaco, hotéis, cafés, restaurantes e lazer
Face à subida do poder de compra, os portugueses dão prioridade à alimentação, saúde e lazer. Em contrapartida perante a diminuição do poder de compra, não hesitam na contenção de custos relacionados com bebidas alcoólicas, tabaco, hotéis, cafés, restaurante e lazer.
Segundo o Observador Cetelem é a alimentação que ocupa a primeira posição dos sacrifícios, seguindo-se as despesas relacionadas com a saúde, que assume a liderança em metade dos países (Alemanha, Itália, Hungria, Polónia, Eslováquia, Rússia) e posteriormente o lazer.
Contudo, caso dispusessem de mais meios, os europeus privilegiariam a qualidade nas suas compras de alimentação. Se a saúde é uma despesa obrigatória no que diz respeito aos cuidados médicos importantes, reúne também cuidados que actualmente as famílias sacrificam, como é exemplo as despesas relacionadas com tratamentos dentários ou oftalmológicos. Em relação às férias, esta é uma despesa que frequentemente é sacrificada. Alimentação, saúde e lazer são alvo de contenção de custos na grande maioria dos países, com excepção do Reino Unido e da República Checa, onde a habitação surge em terceira posição dos sacrifícios, e da Eslováquia, onde o ensino seria mais privilegiado do que a alimentação.
Em contrapartida, face à diminuição do poder de compra, os europeus não hesitam em apontar as bebidas alcoólicas e o tabaco como as despesas a sacrificar. As despesas relacionadas com hotéis, cafés, restaurantes e lazer são, igualmente, custos considerados não prioritários e, como tal, são esses os primeiros aos quais as famílias optam por renunciar, no caso de uma gestão mais apertada do orçamento familiar. As famílias francesas distinguem-se ao declararem que diminuirão as suas despesas de telecomunicações em caso de diminuição do poder de compra (13% vs 5% em média da Europa).