A GS1 EPCglobal (RFID), entidade que promove os standards de RFID – Identificação por Rádio Frequência, considera que a posição da Comissão Europeia (CE), adoptada numa Recomendação divulgada a 14 de Abril sobre as questões colocadas em matéria de protecção de dados e privacidade dos cidadãos, contribuirá para a implementação da tecnologia RFID.
“A adopção desta recomendação permite a existência de uma plataforma a partir da qual produtores e retalhistas podem iniciar ou expandir a implementação da tecnologia RFID e, por conseguinte, aumentar benefícios da sua utilização para os consumidores europeus”, refere Miguel Lopera, Chief Executive Officer da GS1.
A Recomendação da CE refere, em termos gerais, que a tecnologia só poderá ser utilizada pelo consumidor e não tendo este como alvo. Comentando esta posição da CE, que assenta, em suma, sobre o direito de escolha do consumidor, Miguel Lopera assegura que este é um princípio que integra as “guidelines” dos standards da GS1 EPCglobal (RFID) desde a sua criação em 2003.
Segundo este responsável, “algumas empresas, sabendo que esta recomendação estava em preparação, acabaram por adiar o desenvolvimento de aplicações com base na RFID, que poderiam beneficiar igualmente os ‘players’ do mercado e os consumidores”. Não obstante o agrado com que é vista esta recomendação, que reconhece os benefícios da RFID posicionando-a como um bem social que deve ser abraçado, a GS1 EPC Global não esconde que “teria ficado mais satisfeita com uma recomendação que reforçasse e encorajasse o desenvolvimento desta tecnologia”.
Elizabeth Board, directora executiva do Public Policy Steering Committee da GS1 EPCglobal (RFID), reitera por sua vez que “a GS1 EPCglobal continuará a trabalhar com a CE, em grupos de trabalho constituídos por representantes de consumidores e outras partes interessadas, com vista a promover o avanço da tecnologia da RFID para novos patamares de desenvolvimento”.