A recessão tem sido “benéfica” para as lojas mais baratas, que atraíram, em 2008, cada vez mais consumidores, incluindo aqueles de médio e alto rendimento, de acordo com uma pesquisa da Nielsen.
Conduzida nos Estados Unidos, a pesquisa debruçou-se sobre os hábitos de compra de consumidores de todos os níveis de rendimento e concluiu que os mais abastados gastaram mais 18 por cento naquelas lojas, no segundo semestre, comparativamente a 2007.
“A situação económica e o aumento dos custos nos cuidados de saúde, na educação e na alimentação fizeram com que todos, incluindo os consumidores com maior disponibilidade de rendimento, repensassem a sua compra de produtos básicos”, explica Jeff Gregori, vice-presidente de Retail Services da Nielsen.
Apesar do aumento dos gastos dos consumidores de maiores rendimentos nas lojas mais baratas, os de classe média-baixa e baixa continuam a ser o principal cliente destes pontos de venda. De acordo com a Nielsen, nos Estados Unidos, 45 por cento das vendas destas lojas provêem dos lares de classe baixa, 47 por cento dos de classe média e apenas oito por cento dos de classe alta.