A Comissária Europeia de Assuntos do Consumidor, Meglena Kuneva, recebe o MAPiNET (Movimento Cívico Anti-Pirataria na Internet), no próximo dia 27 de Abril, na Fundação Calouste Gulbenkian, num encontro onde serão abordadas questões que se prendem com a problemática da cópia ilegal de conteúdos digitais através da Internet.
A Comissária Europeia encontra-se em Lisboa para participar igualmente em dois eventos nesse mesmo dia, a abertura oficial de um escritório da Second Life, cujo lançamento decorre na Fundação Calouste Gulbenkian, e a Comemoração dos 35 Anos da DECO, na Culturgest. Inserindo-se nas suas preocupações face às questões dos direitos dos consumidores na era digital, Meglena Kuneva fez questão de incluir na sua agenda diplomática esta reunião com o Movimento MAPiNET.
O MAPiNET nasce de uma maior consciencialização de um grupo de pessoas e entidades representantes de titulares de direitos de propriedade intelectual e de indústrias culturais que assumem um papel activo frente a uma das principais ameaças à diversidade cultural e informativa e às indústrias criativas da actualidade, a pirataria na Internet, perpetrada através de milhões de downloads ilegais efectuados anualmente em todo o mundo.
Tozé Brito, autor, artista e assessor da administração da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), Eduardo Simões, director geral da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP), João Palmeiro, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Imprensa (API), Pedro Oliveira, músico e director geral da Cooperativa para a Gestão dos Direitos dos Artistas Intérpretes e Executantes (GDA) e Cláudia Almeida e Silva, directora geral da FNAC, são alguns dos nomes que têm vindo a apoiar os objectivos do MAPiNET e estarão presentes na reunião com a Comissária Europeia.
Meglena Kuneva recebe a representação do MAPiNET para ouvir as suas propostas e o impacto das mesmas na política do consumidor na era digital, no que respeita à preservação da diversidade cultural e informativa e das actividades de criação. No decorrer do encontro será abordado o sentimento de impunidade perante os downloads ilegais de músicas, filmes e livros e do uso ilegítimo de conteúdos protegidos, como de jornais e revistas, o que impede o desenvolvimento da criação e compromete a diversidade cultural e informativa.