Os empresários do sector do comércio e serviços vão propor hoje, dia 23 de Abril, ao Governo a concessão de uma moratória de dois anos no pagamento das contribuições para a Segurança Social
“Esta seria uma grande ajuda à tesouraria das empresas e um forte incentivo à manutenção de postos de trabalho”, afirma José António Silva, presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP).
A proposta será apresentada durante uma reunião do Conselho de Presidentes, em Lisboa, onde estará reunida uma centena de associações de comércio e serviços, regionais e sectoriais, filiadas na CCP.
Desta reunião sairá um documento com propostas concretas dos empresários do comércio e serviços para a tomada de medidas urgentes para combater a crise. Em cima da mesa, estarão sobretudo propostas que evitem o agravamento da situação das empresas e da situação social, nomeadamente o desemprego e novas formas de financiamento.
Não esquecendo que os empresários também são vítimas desprotegidas do desemprego, a CCP propõe a introdução urgente da protecção social na eventualidade de desemprego para os pequenos empresários.
Outra ideia que vem germinando no meio empresarial e que será discutida hoje é a criação de uma instituição financeira dedicada exclusivamente ao apoio das micro e pequenas empresas. “Seria eventualmente um banco de capitais mistos, com uma função mais económica e menos financeira. Está provada a falência da banca comercial, incluindo a CGD, no seu papel de parceiro no desenvolvimento e apoio às empresas. O acesso ao crédito é cada vez mais difícil e os spreads praticados são incomportáveis”, diz José António Silva.