Em 2008, os portugueses apresentaram mais de noventa mil reclamações à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), mais vinte mil em relação ao ano anterior, segundo as estatísticas anuais do Livro de Reclamações.
Segundo a agência Lusa, entre os locais supervisionados pela ASAE incluem-se, entre outros, estabelecimentos de comércio a retalho, postos de abastecimento de combustíveis, restauração e bebidas e de manutenção física. Os principais motivos prendem-se com produtos ou serviços defeituosos, atrasos e problemas de garantia, atendimento deficiente, informação pré-contratual insuficiente ou errónea e deficiente assistência pós-venda. As reclamações relacionadas com falta de requisitos, venda de bens por preço superior ao preço fixado, falta de asseio e higiene em estabelecimentos de restauração e bebidas, falta de higiene e condições de segurança e falta de afixação de preço também reuniram grande número de queixas.
Os serviços de telefone, Internet, televisão por cabo e transportes, por outro lado, lideraram as reclamações feitas em 2008 no Livro de Reclamações. No campo das comunicações, a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) recebeu 28.501 reclamações, praticamente o dobro de 2007, sobretudo sobre problemas com os equipamentos, a assistência técnica, a facturação, o atendimento ao cliente, cláusulas dos contratos, ligação inicial ou instalação, avarias e cancelamento do serviço.