A Câmara Municipal de Braga decidiu que as grandes superfícies do concelho vão fechar no dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador. A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) contesta esta decisão, considerando que é “ilegal” e que “viola grosseiramente a lei que estabelece o regime de horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais”.

Em comunicado, a Associação sublinha que não existe qualquer referência específica na lei ao dia 1 de Maio ou a outro feriado e que a mesma legislação também não reconhece às autarquias competências para decidir sobre a abertura ou fecho de estabelecimentos com base em “referências simbólicas”.

A APED também não aceita o que considera insistência na distorção das regras de concorrência entre operadores apenas com base na dimensão das lojas e refere que outros associados da APED já praticam a abertura dos seus espaços no feriado de 1 de Maio, designadamente no concelho de Braga. Esta prática tem sido também seguida por outros retalhistas não associados da APED.

Num último parágrafo, o comunicado da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição refere-se directamente os sindicatos, considerando que não estão solidários com os esforços para recuperação da economia nacional. “A difícil conjuntura económica que o país atravessa só pode ser ultrapassada com a colaboração de todos na criação de riqueza nacional. O sector da distribuição destaca-se neste esforço, principalmente no que diz respeito à criação e manutenção de emprego”. A APED também não compreende o que chama de “dualidade de critérios” por parte dos sindicatos que, por um lado, defendem que os colaboradores das grandes superfícies não trabalhem no 1.º de Maio, mas, por outro lado, nada referem em relação a todos os outros trabalhadores que habitualmente trabalham neste dia.