Portugal não vai ser afectado pela reestruturação da IKEA, que prevê o despedimento de cerca de cinco mil trabalhadores em todo o mundo, devido à crise económica.

Fonte oficial da empresa em Portugal disse à Agência Financeira que o plano de investimento no mercado português se mantém, estando prevista a abertura de mais cinco lojas, dois centros comerciais e três fábricas, num investimento de 660 milhões de euros, que supõe a criação de 4.500 empregos directos.

Por outro lado, os dados divulgados ontem, dia 23 de Junho, pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), revelam que a situação da IKEA em Portugal é sólida, tendo sido mesmo a associada que teve o maior crescimento homólogo, em 2008, nas suas vendas, cerca de 51 por cento.

Em entrevista ao jornal sueco Dagens Industri, citada pela Lusa, Anders Dahlvig, director geral da IKEA, avançou que, face à actual situação económica, é preciso “adaptar os custos e a capacidade à procura, que é mais fraca do que o previsto”. O director da empresa sueca lembrou o caso chinês, “em forte expansão anteriormente e onde não há praticamente qualquer crescimento”.

No entanto, estes despedimentos ocorrem num ano em que a IKEA prevê atingir um lucro recorde, no valor de 21,5 mil milhões de euros, contra os 21,2 mil milhões conseguidos em 2008. O grupo vai ainda investir 1,07 mil milhões de euros na inauguração de mais 14 lojas, ainda este ano, com a qual prevê manter o seu número de colaboradores em 130 mil, o mesmo que antes do despedimento anunciado.