230 empresas foram inspeccionadas no âmbito da Operação Spectrum, que pelo ano consecutivo uniu os esforços da ASSOFT - Associação Portuguesa de Software e da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC).

A Operação Spectrum detectou e autuou 86 empresas em situação irregular, sendo a taxa de ilicitude verificada de 37,4 por cento, contra os 41,2 por cento registados em 2007 nas operações Arco Íris e Frames. Foram, assim, apreendidos 466 computadores, com mais de 2.100 aplicações informáticas não licenciadas instaladas, além de periféricos e suportes digitais com cópias ilícitas de software. O valor dos equipamentos apreendidos e respectivas aplicações informáticas ilícitas atingiu os 2,.3 milhões de euros.

No bolo total das empresas autuadas no âmbito desta operação, 45,3 por cento ficaram com a totalidade dos seus equipamentos apreendidos, uma vez em todos os computadores se verificou a instalação de aplicações informáticas não licenciadas, e 68,6 por cento tiveram dois terços ou mais do seu equipamento apreendido.

No universo das 86 empresas autuadas verifica-se que a utilização de software não licenciado não é um fenómeno pontual, ou seja, a tendência é para abarcar a totalidade ou parte significativa do equipamento.

As acções da IGAC foram principalmente direccionadas para empresas das indústrias criativas e culturais, como os audiovisuais, artes gráficas, publicidade, arquitectura, design e património cultural.

O maior número de inspecções realizou-se no distrito de Lisboa (127 inspecções), seguindo-se o de Setúbal (24 empresas inspeccionadas) e o de Faro (19 empresas).