81 por cento dos portugueses inquiridos pela TNS no início do ano afirmaram que iriam tentar reduzir os seus gastos este ano. 55 por cento consideram que não vão conseguir poupar e 26 por cento que o seu emprego está em risco. Todas estas condicionantes macro-económicas incentivaram as famílias portuguesas a viver cada vez mais dentro de casa. Desde Setembro de 2008 que as visitas aos centros comerciais têm vindo a diminuir e os primeiros três meses do ano mostram uma descida muito forte.

Estes dados foram avançados ontem, dia 20 de Abril, numa conferência organizada pela TNS no âmbito das actividades paralelas da Alimentaria, onde foram apresentados os primeiros indicadores de 2009 do Worldpanel. De acordo com a TNS, nestes primeiros três meses, o gasto total em Fast Moving Consumer Goods (FMCG) aumentou cerca de 3,9 por cento, mas foi um crescimento baseado em volume, visto que o preço médio cresceu apenas 0,7 por cento. As marcas próprias prosseguiram a tendência de 2008 e continuaram a crescer, cerca de 15,2 por cento, apesar de a um ritmo mais lento que no final do ano passado.

O fenómeno das marcas próprias prossegue assim, de acordo com os dados da TNS, a sua marcha e cada vez menos dependente dos discounts. De facto, 100 por cento do crescimento da MDD no primeiro trimestre face ao mesmo período de 2008 foi feito nos hipers e supermercados.

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