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Consumidores adoptam estratégia de baixa manutenção no cuidado do lar
2010-03-24

O aumento do número de horas passadas a trabalhar e a consequente diminuição dos tempos de lazer, o desejo por produtos de design, a dimensão cada vez mais espartana das habitações e o crescimento da consciência social são quatro grandes tendências relacionadas com o consumo que afectam a forma como as pessoas vivem e cuidam das suas casas. Neste sentido, cada vez mais os electrodomésticos se assumem como facilitadores das tarefas domésticas, permitindo aos consumidores importantes economias, de tempo, de espaço, de recursos e de dinheiro.

De acordo com as estimativas da Electrolux, nos últimos 20 anos, a população activa europeia viu o seu tempo livre diminuir quase 12 por cento. Os consumidores trabalham, em média, duas horas e meia mais do que faziam em 2000, o que, consequentemente, reflecte-se na forma como o tempo é valorizado. Tempo esse que, cada vez mais, será usado em actividades de lazer e não no cuidado e manutenção do lar.

Segundo um estudo da Datamonitor, os consumidores estão a preferir mais uma abordagem de baixa manutenção, mostrando menos “orgulho” na limpeza do lar e no cuidado com a roupa. Esta ideia espelha as mais recentes tendências de design de interiores, como a mudança para soalhos rígidos e de fácil manutenção.

Consumidor 0123

O menos é mais para aqueles que preferem maximizar os tempos de lazer. Isto significa, na opinião de Herman Konigs, um especialista em tendências convidado pela Electrolux, em 2008, aquando do seu fórum europeu sobre aspiradores, que existe um novo tipo de consumidor, o “0123”, que quer zero manuais, uma tecla de início, duas teclas de função e três segundos para ter o problema resolvido. E quer, também, produtos que lhe proporcionem um sentimento de ganho de tempo.

As tarefas de limpeza da casa são cada vez mais feitas entre os tempos de trabalho e de lazer, o que implica uma mudança da grande limpeza semanal para o cuidado instantâneo do dia a dia. No mercado francês, por exemplo, 64 por cento dos consumidores fazem pequenas limpezas intermédias, mais do que uma vez por semana. Neste sentido, tarefas como aspirar a casa ou lavar a roupa deverão poder ser feitas a qualquer altura, 24 horas sobre sete dias, o que aumenta a procura por modelos mais silenciosos.

Por outro lado, tanto na Europa como nos Estados Unidos, o número de vezes por semana que cada adulto engoma a roupa está a crescer. A razão prende-se não com o aumento da roupa engomada, mas com uma maior frequência da tarefa, dado que os consumidores querem estar sempre bem apresentáveis. No entanto, segundo um estudo realizado pela Universidade de Bonn a pedido da Electrolux, quase 60 por cento dos europeus não gosta ou detesta passar a ferro. Esta tarefa é, na sua opinião, a que consome mais tempo e requer mais esforço em todo o processo de tratamento da roupa, ocupando até 68 por cento do tempo necessário para apresentar roupa pronta a usar.

Em contrapartida, 39,7 por cento dos inquiridos gostariam de ter auxílio humano ou tecnológico para esta tarefa. Este resultado ultrapassou largamente o desejo de ajuda adicional noutras tarefas mais tradicionais, como limpar a casa (19,9%) ou lavar as janelas (11,3%). Os números mostram ainda que, numa casa com dois adultos, gastam-se quase duas horas por semana a passar a ferro. Quando o número de pessoas aumenta para cinco, a média é quatro horas e meia.

Por outro lado, a aposta nas carreiras profissionais significa que muitas pessoas atrasam o casamento e a constituição de família, o que, por sua vez, aumenta o número de lares onde vive apenas uma pessoa. A dimensão das habitações torna-se, assim, mais pequena. Mas a necessidade de equipamento é exactamente a mesma, pelo que o espaço se torna um bem essencial.

A influência da consciência ambiental

As questões ambientais também mudaram o comportamento dos consumidores, independentemente da classe social a que pertencem. Em 1995, o consumo total de electricidade pelos electrodomésticos presentes nos lares europeus equivalia à emissão para a atmosfera de 130 milhões de toneladas de dióxido de carbono. A situação tem vindo a melhorar, tanto mais que cada vez mais os consumidores se mostram preocupados com as alterações climáticas e o aquecimento global. Os que planeiam comprar novos electrodomésticos têm na eficiência energética e nos consumos de água um critério de selecção muito importante, para uma poupança de longo prazo, o que, no entender da Datamonitor, pode motivar a compra de máquinas de lavar a roupa com funções de vapor e de maiores capacidades. A compra de máquinas de lavar a roupa de maiores dimensões de tambor implica também uma redução do número de vezes que os consumidores necessitam de lavar a roupa e um corte nas idas à lavandaria para, por exemplo, lavar peças de maiores dimensões.

Ao nível da lavagem da loiça, a maior consciência ambiental por parte dos consumidores poderá também levar a poupanças de recursos adicionais. Segundo um estudo elaborado pelo Grupo Electrolux, cada lar português poderia economizar 8.779 litros de água por ano se a loiça fosse lavada em máquinas eco eficientes em vez de à mão. O suficiente para fazer 37.044,2 chávenas de chá.

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L.Branca/PAE

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