O século XX contou com pelo menos oito crises de diferentes origens, mas é no século XXI, em 2008, que se instala a primeira crise global e intersectorial. Esta é uma clara demonstração que a globalização funciona, visto evidenciar os problemas globais e exigir respostas globais e coordenadas entre as principais economias mundiais, assim como a intervenção dos bancos centrais e governos. Esta crise evidencia erros estratégicos, cometidos pelo sistema financeiro internacional na ultima década, tais como excesso de alavancagem, deficiente gestão de risco, erros de regulação, supervisão nas regras contabilísticas, deficiências da “governance” e nos incentivos. Arrasta, com ela, o fim do recurso exagerado à dívida como motor de crescimento que se traduz, em muitas economias, na necessidade de consumir menos e de poupar mais e de aumentar a produtividade.
Na opinião do ex-ministro das Finanças Eduardo Cartroga, esta crise exige reformas estruturais no funcionamento do Sistema Financeiro Internacional, mais coordenação e regresso aos bons princípios, maior qualidade nas regras de regulação e supervisão e normas contabilísticas mais conservadoras. As intervenções em curso vão evitar a depressão das economias, como em 1929-30, mas não uma recessão ou abrandamento significativo nas principais economias mundiais e ninguém está protegido. Todos serão atingidos, em maior ou menor grau, com esta crise económica.
A economia portuguesa tem estado em quase estagnação, com crescimentos medíocres desde 2001,o que denota fragilidades estruturais. Há que “aguentar a tempestade”, sem cometer erros que prejudiquem o crescimento futuro, e redefinir prioridades, tendo especial atenção para o facto de que todo o crescimento não produtivo pode afectar o potencial de crescimento e o endividamento externo. No contexto empresarial, este período obriga a redefinir as prioridades e economia das empresas.
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E em Portugal, qual o impacto na economia e nas empresas?
E ao nível das empresas, o que fazer?
Quais as oportunidades empresariais em época de crise?
Quais as principais competências em ambiente de crise?
Eduarda Luna Pais, da Egon Zender, Eduardo Catroga e José Manuel Neves Adelino, da Universidade Nova de Lisboa, apresentam soluções pragmáticas para esta época no artigo da edição impressa da Revismarket. Se ainda não recebe a edição impressa e é profissional da distribuição, peça o envio gratuito para pub@revismarket.com.