Os chefes de secção são “apaixonados pela função apesar da enorme pressão”. Os mais jovens exercem maioritariamente em hipermercado Estão próximos do produto, das suas equipas e dos clientes. Resistem á pressão e resignaram-se a trabalhar ao Sábado. Já exerceram pelo menos duas funções de grande distribuição e têm como estimulo o volume da facturação a realizar mas sentem-se frustrados pela falta de autonomia em relação á central.
A revista francesa Lineaires realizou, em 2007 e em colaboração com o instituto IRS, o oitavo inquérito sobre a função de Chefe de Secção em França. Foram interrogados 652 chefes de secção de 12 insígnias em 30 lojas. Com uma média de 37 anos de idade, os perfis de idade dos profissionais interrogados pelo instituto IRS mudam consoante as insígnias. Globalmente os mais jovens exercem em hipermercado como é o caso de Carrefour onde uma em cada 3 pessoas interrogadas têm entre 31 e 35 anos. Em contrapartida 21% dos profissionais dos supermercados Match ja ultrapassaram as 50 velas em 2006. Os mais jovens apresentam um nível de formação superior, comoé o caso de 43% dos profissionais do Auchan e de 20% nas insígnias Carrefour, Cora, Génat e Leclerc.
Gestão e contacto com o produto são as principais motivações
66% dos representantes interrogados posicionam a gestão e o contacto com o produto como factores essenciais de motivação. No Auchan e Casino, 8 em cada 10 managers declaram preferir a componente de gestão. Este mesmo aspecto é privilegiado apenas por 6 em cada 10 nas insígnias S. March, Leclerc e Champion. Nestas ultimas insígnias mais de 10% doa profissionais consideram mesmo que esta responsabilidade é pesada. No Intermarché, são os únicos a colocar a tarefa de gestão no quarto lugar ao nível da motivação pois a prioridade é dada ás relações com clientes, ao produtos e ás relações com os fornecedores.
Pressão dos objectivos de facturação
No caso do Auchan, Carrefour, Cora, Atac, Casino e Monoprix é o enquadramento da equipa que faz vibrar os chefes de secção em primeiro lugar. Questionados sobre a forma como sentem a pressão de facturação, 30% consideram-na motivadora. Esta percentagem chega mesmo a 42% no caso do Leclerc devido á competitividade a que obriga o grupo. Trabalhar para um independente não confere de forma alguma mais tranquilidade pois no caso do Intermarche a pressão dos objectivos é penalisadora para 25% dos reponsaveis de secção. Este valor é de 19% no caso de Super U e apresenta uma média de 14% nas restantes insígnias.
O peso da Central é mais sentido nas insígnias integradas
Menos bem aceite é a falta de autonomia em relação á central que é severamente apontada por 25% dos profissionais. Os mais descontentes estão nas insígnias Geant e Carrefour,mais de 50% destas duas insígnias suportam mal o peso da Central ( contra menos de 35% no Auchan e Cora). Neste critério a diferença é obvia entre os independentes e as insígnias integradas pois apenas 20% dos profissionais do Super U manifestam este descontentamento.
Estas contrariedades não invalidam a carreira na grande distribuição pois apenas 30% encaram a carreira de chefe de secção como um fim em si e um terço dos interrogados ambicionam chegar a chefe de departamento e 20% a director de loja. Como excepção a estes dados 35% dos profissionais de Geant preferem ter a possibilidade de mudar de sector de actividade.
Remunerações oscilam entre 1800 e 2700 euros mensais
(dados referentes a França obtidos em Março de 2007)
Remunerações e prémios são um forte contributo na motivação do profissional. Segundo o inquérito realizado em França pela revista Lineaires cerca de 70% dos chefes de secção ganham acima dos 2300 euros brutos mensais ( 39% recebem acima de 2700 euros). Generosa nos salários a insígnia Carrefour encoraja o esforço com um sistema de prémios que permite que 3% dos responsáveis possam receber mais de quatro meses de salários. Este numero apenas é ultrapassado pelo Auchan e Leclerc. O independente (Leclerc) economisou sobre o salário mas recompensou 10% dos seus chefes de secção comumprémio superior a quatro meses de salário. Um pouco menos atractiva que Carrefour no salário fixo a insígnia Auchan aposta nos prémios mais elevados. Para 65% dos profissionais da insígnia o premio equivale a mais de dois salrios contra 45% no Carrefour . Em contrapartida nos supermercados mais de 60% dos chefes de secção ganham menos de 1800 euros por mês.
O tamanho da equipa influencia os salerios desta função. 75% doa maiores vencimentos ( acima dos 2700 euros) gerem no mínimo 10 pessoas. Apenas 3% desta população gere mesnos de 6 pessoas. Parece que quanto mais pequena é a equipamais baixo é o vencimento,uma justa contrapartida da importância do management nas funções de chefe de secção.
Se parece impossível de pedir a um empregado de ultrapassar as 35 horas de trabalho semanais obrigadas pelo contrato de trabalho, a situação e diferente quando se trata de um quadro intermédioou superior. Assim os trabalhadores mais bem pagos estão sobrerepresentados na população que ultrapassa os horários legais. Mais de metade dos salários elevados ultrapassam as 50 horas de trabalho semamnais e 10% dos salários mais elevados declaram 42horas de presença na loja oque denota uma evolução de mentalidade na grande distribuição.
Leia o artigo completo na revista de Janeiro de 2008