O Grupo Fagor enfrenta uma fase decisiva para a resolução da sua dívida. Na passada quarta-feira, dia 16 de Outubro, o grupo confirmou em comunicado para a CNCV (Comissión Nacional del Mercado de Valores) "o início das negociações com os seus credores para alcançar um acordo de refinanciamento que garanta a estabilidade financeira da Fagor no interesse dos seus sócios e credores".
Depois das várias notícias que têm circulado na imprensa, a Fagor Electrodomésticos esclarece que apresentou "no Tribunal Comercial de San Sebastián um pré-concurso de credores com o objectivo de garantir a viabilidade da companhia e efrentar o seu plano estratégico 2013-2016". Esta decisão permite ampliar as vias de negociação necessárias para refinanciar a sua dívida. Com esta decisão, a Fagor Electrodomésticos amplia a negociação iniciada há semanas atrás com a Corporación Mondragón, o governo basco, a banca credora eos restantes credores para enfrentar os pagamentos imediatos que permitam normalizar a sua actividade.
A partir deste momento, a companhia dispõe de um prazo até quatro meses para desenvolver as diligências de negociações necessárias para alcançar um acordo com os seus credores.
Segundo a Alimarket Electro, a Fagor poderá ter de passar por um processo de reestruturação que pode contemplar uma revisão das fábricas menos rentáveis, sobretudo os activos em França (cinco unidades), Polónia, China e Marrocos. Outro meio especializado, a Electromarket, avança que a empresa tem vários pagamentos em atraso e acumula perdas nas vendas desde que o mercado espanhol de electrodomésticos entrou em queda em 2007. No primeiro semestre, o volume de negócios da Fagor caiu 19%, para 491,38 milhões de euros.