Vislumbram-se sinais de recuperação no mercado de grandes domésticos este ano. De acordo com um estudo GfK Retail and Technology, os mercados europeu e norte-americano demonstraram tendências positivas na primeira metade de 2010, enquanto as economias emergentes na Ásia e América Latina continuam a registar crescimentos substanciais. No Médio Oriente, a procura também está a crescer significativamente, depois de um 2009 muito fraco.

A nível mundial, os gastos com grandes domésticos cresceram dez por cento (medido em dólares) no primeiro semestre, com as unidades a somarem mais sete por cento. Parte destes desenvolvimentos podem ser atribuídos à valorização do dólar face ao euro. Contudo, notou-se também uma tendência global para a procura de electrodomésticos de elevada qualidade, com o factor eficiência energética a desempenhar um papel central.

Como resultado da crise económica e financeira, a primeira metade de 2009 ficou marcada por um mínimo histórico para este mercado. À medida que o ano progrediu, foram evidentes os primeiros sinais de estabilização. De acordo com a GfK, as quedas significativas observadas na Europa de Leste e no Médio Oriente foram compensadas pelos crescimentos de dois dígitos no sudeste asiático e na América Latina. Caso contrário, a variação negativa nas vendas tinha sido ainda maior.

No entanto, apesar da actual recuperação, o mercado europeu regrediu aos níveis de 2006. Os países na Europa Central e de Leste em particular ainda se debatem para sair da recessão. Na Polónia, Roménia e Hungria, por exemplo, as vendas ficaram, uma vez mais, abaixo do ano passado.

Por contraste, na Rússia e na Ucrânia, está-se a recuperar ligeiramente após a queda dramática do ano anterior. Na Rússia, observou-se uma procura particularmente forte por frigoríficos e máquinas de lavar a roupa de livre instalação.