A tendência positiva no mercado de grandes domésticos continuou na primeira metade de 2011. Na Europa, particularmente na de Leste, os mercados mostraram novamente taxas de crescimento muito animadoras, segundo os dados GfK Retail and Technology apresentados no âmbito da IFA.
Um pouco por todo o mundo, esta tendência positiva ficou a dever-se à procura nos países emergentes. Mas, por outro lado, a procura por produtos de elevada qualidade e mais eficientes do ponto de vista energético também explica parte do crescimento. Para além dos consumidores europeus e norte-americanos, a classe média nos países emergentes também demonstra um claro interesse nos produtos premium, que é parcialmente promovido pelos esquemas de incentivos governamentais.
Nos países da Europa Central e de Leste, todos os indícios são de crescimento. Na Rússia, as vendas atingiram o nível mais elevado desde 2006, graças a taxas de crescimento de dois dígitos. Há também sinais claros de recuperação na Polónia, Roménia, Eslováquia e na República Checa. Os mercados da Europa Ocidental, por seu lado, também se desenvolveram positivamente, com excepção dos chamados PIIGS, isto é, Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha.
Apesar da tendência persistente para electrodomésticos de maior qualidade e mais eficientes, como frigoríficos No Frost, os preços médios para as máquinas de lavar a roupa com capacidade para mais de sete quilogramas, os secadores de roupa com bomba de calor e as placas de indução continuam a cair em alguns mercados. Para além dos já referidos países PIIGS, os preços estão a cair de forma particularmente abrupta em França, na Polónia, na Rússia e na República Checa. Se nos PIIGS a situação económica poderá ser a principal razão para esta descida, o forte crescimento das vendas pela Internet nos outros países está a causar a maior depreciação os preços. Na República Checa, por exemplo, cerca de um quarto dos produtos de linha branca são já comprados através da Internet.