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Best Sell, uma central de compras direccionada para a venda
2007-03-21
Entrevista com João Medeiros, director executivo da Best Sell, Electrodomésticos S.A.

Entrevista com João Medeiros, director executivo da Best Sell, Electrodomésticos S.A.

Como nasceu a Best Sell?

A Best Sell nasceu da vontade de um grupo de retalhistas, especializados nos electrodomésticos e electrónica de consumo, de criar uma central inovadora, que fosse ao encontro de uma visão centrada nos anseios e necessidades de um cliente cada vez mais exigente e esclarecido.

Este projecto foi alvo de inúmeros estudos de mercado e envolvimento de todos os seus mentores, pelo que teve o seu tempo de maturação, precisamente cerca de um ano.

Com um mercado excessivamente marcado pelo factor preço e parco no serviço, é nosso objectivo, como o nome indica, focalizarmo-nos numa melhor venda, tendo igualmente a preocupação de racionalizar e melhorar os custos. E, nesse sentido, a leveza da nossa estrutura é um factor essencial.

Quem são os membros fundadores?

A sociedade nasce com onze empresários devidamente reconhecidos no mercado, nomeadamente, Álvaro Silva da Álvaro Electrodomésticos, António Maio da Electrosacavém, Rui Adão da Adão Móveis, César Ribeiro da Loja Sol, Mário Rodrigues da Supermanos, Leopoldo Neves do Vídeo Clube Francar, Fernando Ramirez da Evoracor, José Abreu da Tomarel, José Pereira da Elourém, Manuel Monteiro da Montiléctrica e Adriano Reis da Mafricentro.

O que diferencia a Best Sell de outras organizações existentes no país?

Sendo uma Sociedade Anónima, é algo que é partilhado por todos os seus accionistas de igual forma. Tem uma estrutura muito leve e a sua operacionalidade é independente ao nível negocial e jurídico.

A quem se dirige a organização?

A Best Sell dirige-se essencialmente aos empresários que queiram partilhar da nossa visão e do mesmo espírito de pertencer e estar no mercado. No entanto, a sua selecção será criteriosa, segundo um conjunto de condições que serão, obviamente, alvo de análise, como a sua ética, a dimensão, o poder negocial ou, dito por outras palavras, o volume negócios, e a fundamental concordância dos restantes membros. Todos os empresários que façam parte da Best Sell serão accionistas, com partes e direitos iguais. Tudo isto está salvaguardado nos nossos estatutos.

Quantos accionistas pretendem angariar no curto prazo?

Não queremos crescer de uma forma descontrolada, mas sim sustentadamente. No entanto, pretendemos, a curto prazo, angariar entre 40 a 50 accionistas. A sua disposição geográfica é uma das vertentes mais importantes, uma vez que ambicionamos uma presença e visibilidade em todo o território nacional.

Após a apresentação ao mercado, no dia 20 de Março, iniciámos o trabalho de angariação de novos accionistas, através de contactos particulares e da realização de duas sessões de trabalho, em Lisboa e no Porto, para apresentar a empresa a todos os interessados.

Quais os benefícios que os futuros associados obterão com a adesão à organização?

Desde já, o primeiro benefício é fazer parte de um grupo virado para a inovação com uma dinâmica centrada no cliente, onde lhe serão disponibilizadas ferramentas para a formação profissional, publicidade e um conjunto de outras vantagens e benefícios, como será o caso do cartão cliente, seguros, combustíveis, etc.

E como não poderia deixar de ser, beneficiar do valor da mercadoria, dadas as quantidades geradas pela compra conjunta, assim como promoções que sejam desenvolvidas para a central, criando uma diferenciação relativamente ao mercado.

Dada a competitividade do mesmo, é necessário melhorar o rácio dos custos para que se possa melhorar a performance de cada um. E o grupo terá essa responsabilidade.

Como vai ser potenciada a imagem da central e de que forma se vai articular com a dos accionistas?

O accionista não vai perder a sua identidade. Vai, isso sim, beneficiar de um conjunto de oportunidades que a marca Best Sell lhe irá proporcionar. Não podemos inverter as coisas. Na sua grande maioria, os accionistas são entidades com vários anos de mercado, devidamente conhecidas e reconhecidas, e, como tal, não seria bom para ninguém.

As lojas irão, de uma forma gradual, colocar a insígnia da central e, sempre que oportuno, optimizar a sua disposição e exposição com os princípios que estão a ser ainda desenvolvidos, em termos de layouts, sinalética, etc. Já em novas unidades, isto será implementado de raiz.

As viaturas comerciais irão também ser alvo de intervenção na sua sinalética. Temos que pôr a marca a “circular”. Da maior importância será o cartão de cliente Best Sell, uma ferramenta de crédito ao consumo catalizadora de fidelização e veículo de dinamização da marca e do associado.

Ao nível do marketing, pretendemos aproveitar ao máximo as sinergias do mercado e desenvolver o nosso marketing e publicidade da melhor forma, seja em termos nacionais seja, obviamente, a nível regional. Consideramos que cada caso é um caso.

Quais os objectivos da Best Sell ao nível das compras?

Somos uma organização virada para a venda e, como tal, as compras serão reflexo disso. Queremos comprar bem para poder apresentar um justo valor ao consumidor, tendo igualmente a preocupação com os stocks. Criada a massa crítica, vamos avançar para a racionalização dos custos. A vertente operacional será a primeira prioridade, uma vez que queremos optimizar capital para outros investimentos. Libertar cash flow é fundamental para poder investir em tecnologias e produtos emergentes.

A entrega da mercadoria será centralizada ou nas instalações dos accionistas?

Nesta primeira fase, o processo mantêm-se inalterado, pelo que a logística será da responsabilidade de cada accionista. No entanto, projectamos criar soluções logísticas integradas, a médio prazo, como um armazém central e plataformas de distribuição regionais.

E ao nível da venda, quais os objectivos da Best Sell?

A venda é uma consequência lógica das boas oportunidades de negócio e das novidades constantes que apresentarmos ao nosso cliente. Para isso, o trabalho com as marcas será fundamental. Na vertente de fornecedores, a nossa postura é de parceria. Queremos crescer, obviamente, com eles, pelo que vamos criar laços de trabalho sustentados numa venda melhor, com mais qualidade, onde a formação é um factor essencial, e com os olhos colocados no cliente. Esta é uma das minhas principais responsabilidades. Queremos ser os primeiros e estar na vanguarda.

Neste momento, já representamos uma fatia interessante no canal e na área de influência em termos de valores de facturação. Mesmo os parceiros actuais já iniciaram obras de remodelação dos seus espaços comerciais e até de expansão dos mesmos, de forma a melhorar as suas performances. Diria que a dinâmica já começou. Com a adesão de novos accionistas, vamos com toda a certeza crescer e ter uma quota de mercado significativa; outra coisa não faria sentido.

Quais serão, então, as vantagens para as marcas que trabalhem com a Best Sell?

Acreditamos que o negócio só é bom quando é para ambas as partes. Não se trata de uma frase feita, mas do verdadeiro resultado da parceria. Os fornecedores são um dos vértices de um triângulo onde o cliente e a loja são parte integrante. Como tal, com total transparência, vamos criar condições para que se possam desenvolver boas estratégias para uma venda com mais valor acrescentado, assim como procedimentos de pós-venda bem definidos, de forma a prestigiar as respectivas marcas, no fundo, que todos ganhem!

A Best Sell é um conjunto de empresas com bons espaços comerciais, bem posicionadas, comprovado crédito e de sucesso, com preocupação constante de dinamizar as suas áreas para que possam continuar a ser uma referência.

Queremos estar com todos aqueles que estejam dispostos a partilhar a nossa singular forma de estar. Uma postura profissional, dinâmica, objectiva e credível. Em suma, uma postura de uma central de compras moderna e orientada para o mercado

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