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Benefícios do grupo Fagor Electrodomésticos atingem 12 milhões de euros em 2006
2007-03-08

Com benefícios de 12 milhões de euros em 2006, mais 4,5 milhões que no ano anterior, o grupo Fagor Electrodomésticos alcançou os seus objectivos. Txema Gisasola, director geral do grupo, comunicou ontem, dia 8 de Março, em Bilbau, na conferência de imprensa internacional, que “2006 viu também o avanço do processo de expansão e a consolidação da Fagor como uma referência europeia no sector dos electrodomésticos”.

Na conferência do ano passado, o grupo tinha anunciado um plano estratégico para o período 2006-2009 que, após o primeiro ano, cumpriu as expectativas. “A integração da Brandt dentro do grupo foi um êxito. As vendas totais do grupo cresceram 15 por cento face a 2005, para os1.728,7 milhões de euros, tendo a prioridade sido dada à rentabilidade, porque permite manter e criar emprego”.

No ano passado, foram investidos 130 milhões de euros, dois quais 60 milhões foram aplicados na melhoria das marcas. O que leva a Fagor a afirmar que "o catálogo para 2007 vai ser muito forte”.

Para 2007, o grupo prevê um crescimento de 6,6 por cento das vendas e um investimento de 4,4 milhões de euros para elevar a qualidade dos produtos.

Um dos eixos da estratégia da Fagor Electrodomésticos passa pela inovação, e esta está ligada às energias renováveis, uma aposta estratégica cuja primeira integração esta a ser feita através do negócio Confort. “O paradigma dos negócios ligados ao Confort vai mudar, devido a elaboração de legislação que dita que o aquecimento de água quente tem de estar ligado a energias renováveis. A Fagor começou a percorrer este caminho muito cedo, o que lhe dá uma vantagem competitiva na oferta de soluções de água quente,” declarou Txema Gisasola.

Outro dos eixos de inovação é a nova perspectiva de negócio Hometek, que se consubstancia na oferta de tecnologia orientada para a inovação e novas actividades industriais, gerando elementos inovadores que se traduzem em produtos como o Driron, o primeiro electrodoméstico que passa e seca a roupa, e como a máquina de lavar a roupa de oito quilogramas, cujas vendas, em 2006, foram muito positivas.

Nos últimos três anos, o plano de inovação e expansão internacional representou um investimento de 280 milhões de euros, que o director geral do grupo considera de fundamentais para "responder às necessidades dos consumidores e posicionar a Fagor como referência europeia”.

Ainda ao nível da inovação, para este ano, a Fagor Electrodomésticos prevê triplicar o fabrico de modelos Driron e duplicar a oferta de máquinas de lavar a roupa de oito quilogramas.

Txema Gisasola quis também destacar a importante expansão internacional do grupo, um plano fundamentado em três pilares básicos, a liderança europeia, o plano de marcas e o modelo de negócio baseado na localização. Com a aquisição da Brandt, o grupo conseguiu uma posição ainda mais relevante na Europa e a liderança em Espanha e França. m Espanha o grupo detém uma quota de mercado de 20,4 por cento e em França a quota é de 18,2 por cento. É ainda o quinto maior fabricante de electrodomésticos europeu.

Ao nível do plano de marcas, em 2006, a estratégia foi de internacionalização das principais marcas do grupo, tendo a Fagor e a De Dietrich como bandeiras. A De Dietrich expandiu-se para Portugal, Espanha, República Checa, Hungria e Polónia. No mercado espanhol, as suas vendas ganharam um crescimento importante, num ano marcado pela introdução nos lineares. “Mais do que volume de vendas, a De Dietrich trouxe volume de negócios e espera-se que, em 2007, possa ser triplicado,” afirmou Txema Gisasola. “São produtos que vão ser uma forte aposta na Europa e que permitem entrar em mercados como Itália, Alemanha e Reino Unido".

No que concerne o modelo de negócio, este está baseado na localização, o que se converte numa vantagem competitiva face à estratégia de outros fabricantes, porque permite uma maior proximidade dos mercados e uma mais rápida e eficaz resposta às necessidades dos consumidores."Na Fagor, entendemos que a localização tem dois aspectos, o social, já que não investimos para reduzir actividades nas zonas onde já estamos presentes, há muito tempo, nem criamos situações de mobilidade de empregados para outras fábrica, e o competitivo porque uma das nossas forças é a proximidade dos mercados, o know-how bem como uma poisção relevante em elementos tão importantes dentro do sector como o encastre".

Esta conferência de imprensa marcou ainda a última aparição de Javier Gantxegi perante os meios de comunicação como presidente do Conselho Director do grupo Fagor Electrodomésticos. Javier Gantxegi, que anunciou a sua reforma, depois de mais de 30 anos na companhia, destacou a importância do exercício de 2006 para a empresa, com 50 anos de história, ao ter-se convertido "na única multinacional espanhola do sector que desenvolve a sua actividade em oito áreas de negócio, com fábricas em seis países de três continentes e que está presente em mais de 100 países, dando emprego a 10.758 pessoas".


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L.Branca/PAE

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