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«Baby Boomers» são oportunidade para retalhistas
2007-01-03

São poucas as empresas que estão concentradas nos “baby-boomers”, o grupo de consumidores séniores, segundo um relatório recente da Deloitte “Riqueza e Sabedoria: Compreender as Necessidades dos Consumidores que vão Avançado na Idade”.

Os “baby-boomers” formam um grupo de consumidores muito diversificado e com um estilo de vida que afecta tanto os seus hábitos de consumo quanto a idade. De acordo com o estudo da Deloitte, estas tendências oferecem uma série de oportunidades para os retalhistas.

Segundo a consultora, actualmente, existem mais de quinhentos milhões de pessoas no mundo com 60 anos ou mais, número que deverá quadruplicar em 2050. Nos Estados Unidos da América, as pessoas com mais de 50 anos gastam uma média estimada de 1,7 mil biliões de dólares em bens e serviços todos os anos e contribuem para quase metade das despesas totais de consumo.

Este número crescente de consumidores, que tem um volume substancial de rendimento disponível, está a ser tido em conta apenas por um pequeno número de empresas com uma maior abertura de espírito. “Todos os sectores de actividade económica serão atingidos, de múltiplas formas, por esta mudança demográfica”, afirma Pat Conroy, director nacional executivo do departamento de Consumer Business da Deloitte. “Além dos retalhistas, as empresas em sectores como os produtos de consumo, saúde, imobiliário, tecnologia, serviços financeiros e viagens e negócios chegarão mais tarde à conclusão que este grupo de consumidores apresenta grandes desafios e oferece grandes oportunidades”.

O relatório identifica quatro factores-chave que afectam praticamente todos os consumidores, à medida que estes avançam na idade, e demonstra o impacto que têm na experiência de compras. Uma A sua compreensão pode ajudar as empresas a irem ao encontro das necessidades deste mercado de consumidores, em termos de produto, serviço e oferta.

Um desses factores são as mudanças biológicas, que incluem mobilidade, visão e audição reduzidas. Os consumidores que pertencem à geração dos “baby-boomers” podem ser atraídos para embalagens de “abertura fácil” e por etiquetas maiores e mais visíveis. A configuração e concepção dos estabelecimentos comerciais é também crucial, uma vez que os produtos nas prateleiras de baixo e de cima podem estar menos acessíveis. A iluminação estratégica, a sinalética maior e corredores mais largos facilitam o acto de comprar por parte dos consumidores séniores. Segundo o estudo da Deloitte, alguns destes aspectos levam os inquiridos a comprar menos em determinados estabelecimentos retalhistas , com o grupo mais velho (entre os 65 e os 74 anos) a citar estas questões mais frequentemente do que o grupo mais novo (entre os 45 e os 54 anos). Estes aspectos incluem níveis de ruído nos limites do razoável dentro da loja, uma iluminação adequada, carrinhos de compras facilmente acessíveis e assentos adequados.

Outro dos factores identificadosn pela Deloitte são as mudanças sociais, incluindo a de papéis e alterações no estilo de vida, tais como tornarem-se avós, viverem sozinhos e passarem à reforma. Por exemplo, são muitos os avós que ajudam também a tratar dos netos, sendo que aqueles que vivem sozinhos têm toda a liberdade para explorar novas opções e estilos de vida. O estudo da Deloitte mostra ainda que de entre as pessoas entre os 65 e os 74 anos, dois terços afirmaram que ainda viviam com o cônjuge/parceiro e seis por cento tinha ainda os filhos a viver com eles em casa.

As mudanças económicas têm também que ser tidas em conta, incluindo o planeamento e a gestão financeira e de activos. Muitos séniores continuam a trabalhar depois da idade da reforma, tendo a Deloitte identificado que 20 por cento das pessoas entre os 65 e os 74 anos que não se consideram “reformados”. Só nove por cento das pessoas entre os 45 e os 54 anos se considerava estando nessa categoria.

Finalmente, as mudanças psicológicas, incluindo no processamento de memória e de informação, são de crucial compreensão. Os estudos demonstram que os sites da Internet usados por utilizadores séniores devem ser simplificados, de leitura e navegação fáceis. Mas, ao mesmo tempo, muitos dos inquiridos no estudo da Deloitte eram pessoas informadas do ponto de vista tecnológico. Afirmaram que dispõem em média de 5,8 dispositivos de alta tecnologia, tais como um iPod, uma máquina fotográfica digital ou um rádio com recepção por satélite. 86 por cento dos consumidores afirmaram terem comprado bens e serviços online nos últimos três meses e 1/3 prefere comprar online em vez de fazê-lo nas lojas.

Ao tentar compreender e vender para estes consumidores, devem ser explorados outros factores que não a idade. Os resultados deste estudo apontam para inquiridos, na faixa etária entre os 45 e os 74 anos, com características semelhantes que muitas vezes influenciam as suas preferências de compras. Nestes grupos incluem-se os Physically Failing (Pessoas em processo de debilitação física), que são todos aqueles que afirmam que se sentem fisicamente piores do que os seus pais quando tinham a mesma idade. Surpreendentemente, a grande maioria situa-se na faixa mais jovem da população, alvo do estudo (45-54). Este grupo mostra-se muito mais preocupado com os acessos para pessoas portadoras de deficiência, carrinhos de compras e assentos nas lojas e centros comerciais, tendo maior probabilidade de comprar menos em locais que não oferecem precisamente isso. Constituí cerca de 15 por cento da população inquirida.

O estudo identifica ainda os Mall Maniacs (Doidos por centros comerciais), que preferem o centro comercial para comprar vestuário e acessórios. Normalmente são mais críticos no que toca às experiências de compra do que outros grupos e representam cerca de um terço da população.

Os CLAPPERS – Children Living at Parent’s Place (Filhos que Ainda Vivem na Casa dos Pais), outro dos grupos apurados, tendem a ter rendimentos mais elevados e maior probabilidade de comprar as mais recentes tendências em termos de vestuário. E, provavelmente, preferem ter também carrinhos de compras nas lojas.

Contam-se ainda os Easy Employees (Empregados e Acessíveis), mais provavelmente no extremo mais jovem da população inquirida, com rendimentos mais elevados e geralmente empregos a tempo inteiro. São menos críticos da experiência de compra e menos fáceis de agradar. Este grupo representa 41 por cento da população alvo de estudo.

Finalmente, os Respectfully Retired (Reformados Respeitáveis) mostram-se mais preocupados com a iluminação, áreas de lazer, níveis de ruído, descontos para séniores e representa aproximadamente um terço da população que foi alvo deste estudo.


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L.Branca/PAE

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