A velha aspiração de reunir os dois sectores de equipamento para o lar foi cumprida nesta edição da IFA que, segundo a organização, bateu todos os recordes. O relatório final fala de 220 mil visitantes, 1.245 expositores e 122 mil metros quadrados de área de exposição, com uma participação internacional a rondar os 66 por cento. As encomendas excederam os três mil milhões de euros.
Apesar da crise generalizada pela Europa, a IFA voltou a ter impressionantes stands, onde, uma vez mais, reinaram os televisores, em todas as suas variantes. Finos, ainda mais finos, mas também gigantes, ecrãs OLED, retroiluminação por LED, conteúdos multimédia, redes domésticas e Internet na televisão foram das novidades mais comentadas na área da televisão. Do lado dos electrodomésticos, notaram-se ausências de peso, como as da Whirlpool, Indesit, Fagor, Teka ou Candy, que preferiram, talvez, esperar pela próxima edição para avaliar o impacto desta IFA global. Quem esteve não se fez rogado a mostrar novidades, sobretudo ao nível do design e da sempre omnipresente eficiência energética.
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Inovações fazem crescer produtos técnicos
Muito do crescimento no sector deve-se aos produtos digitais inovadores. Como salienta Hans-Joachim Kamp, apesar da retracção na economia, estes produtos estão no topo da lista de preferências dos consumidores e ainda existem mais de 170 milhões de produtos com válvulas nos lares europeus, o que deverá conduzir a uma elevada procura para substituição ao longo dos próximos anos. “Este ano, os fabricantes de electrónica de consumo esperam que as vendas cresçam, em todo o mundo, 9,3 por cento, para os 678 mil milhões de dólares. Um outro aumento, de cerca de 720 mil milhões, é esperado em 2009”.
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Fabricantes reunidos em torno da eficiência energética
Mais tecnologia, design cada vez mais apurado, mas sem esquecer o desafio ecológico. Porque a questão já não é apenas do domínio exclusivo dos grandes electrodomésticos. Do lado da electrónica de consumo, este desafio é cumprido pela incorporação de novos conceitos e tecnologias. Por exemplo, nos televisores, o consumo, quer em funcionamento quer em stand-by, foi drasticamente reduzido. Os LCD’s e plasmas de hoje usam menos 25 a 35 por cento da energia que gastavam há apenas três anos atrás. No modo stand-by, então, o gasto é de apenas um sexto da energia necessária em 1997. Os novos modelos não excedem um watt. Por outras palavras, uma lâmpada convencional de 60 watts consome 120 vezes mais energia que um moderno televisor em stand-by.
Do lado dos electrodomésticos, os fabricantes enfrentam o mesmo desafio e, em comparação com 1997, o consumo energético dos equipamentos reduziu-se drasticamente. Nas máquinas de lavar a roupa desceu 30 por cento, nas máquinas de lavar a loiça 40 por cento e nos frigoríficos 45 por cento.
Leia o artigo completo na próxima edição impressa e conheça as melhores propostas que cada uma das marcas apresentou na IFA 2008