Depois da Fagor, a Cegasa. Para tentar salvaguardar a sua actividade e evitar o seu encerramento, a empresa espanhola declarou, no final da semana passada, o pré-concurso de credores.
De acordo com o comunicado do grupo basco, esta decisão tem por objectivo a reordenação da sua actividade, “duramente atingida pela crise que afectou directamente o consumo e se repercutiu nas suas linhas de negócio”. Daqui para a frente, o futuro passa por encontrar soluções independentes para cada um dos negócios principais através de novos sócios.
Nos próximos meses, o grupo prevê fechar alguns acordos e assegura que as negociações já estão em fase avançada. Deste modo, conseguiria “a manutenção da actividade, pagaria a todos os fornecedores e cumpriria os compromissos com as entidades financeiras”.
Fontes próximas do processo e citadas pela imprensa especializada espanhola avançam que, por agora, não haverão despedimentos na empresa. A Cegasa emprega cerca de 900 pessoas. A actividade do grupo centra-se sobretudo no fabrico de pilhas e pequenos electrodomésticos sob a marca Solac.
Com uma facturação a rondar os 140 milhões de euros, a Cegasa tem acumulado prejuízos. Há já vários anos que a empresa tem tentado reorganizar a sua actividade, processo onde se enquadra a decisão de, em 2009, ter cessado a produção de pilhas para o mercado de consumo na unidade de Vitoria, no País Basco, e a sua reconversão numa fábrica de baterias de lítio.