A Nespresso quer ampliar os seus mercados de atuação para impulsionar as vendas. Em declarações ao Financial Times, Jean-Marc Duvoisin, CEO da marca do Grupo Nestlé, avançou que o objectivo é conquistar primeiro os consumidores do norte da Europa, seguindo-se a expansão noutros continentes. “Temos um grande potencial de crescimento no Reino Unido, Escandinávia, Itália e Alemanha. E depois podemos continuar a expansão no Brasil, México e Estados Unidos da América”.

Em 2013, a Nespresso abriu lojas em Los Angeles e Toronto, para aproveitar a procura crescente do mercado norte-americano, e em Tóquio, entre outras regiões. No primeiro semestre deste ano, prevê-se a abertura de outras duas lojas no Canadá. Além disso, a empresa liderada por Jean-Marc Duvoisin quer ampliar a oferta de cafés longos.

Esta estratégia tem como objectivo aumentar as vendas da Nespresso, que se têm vindo a ressentir da entrada de cada vez mais concorrentes no negócio das cápsulas. Em 2009, o seu crescimento situava-se nos 29% mas em 2012 reduziu para 16%.

De igual modo, a Nespresso tem estado envolvida em várias batalhas legais relativas com patentes. Em Outubro, sofreu outro golpe quando os reguladores europeus revogaram as patentes das cápsulas, após meses em que se bateu nos tribunais para evitar que os seus concorrentes fabricassem cápsulas que pudessem ser utilizadas nas máquinas Nespresso. A consultora Kepler Cheuvreux considera que, com o aumento da concorrência de produtores que “imitam” o sistema Nespresso, os preços arriscam-se a baixar. Face à recusa dos tribunais, a empresa defendeu-se através da via tecnológica e os seus novos modelos estão, segundo o Financial Times, preparados para destruir as cápsulas de outros fabricantes.

Com a cortesia da Grande Consumo.