A consultora sueca Berg Insight, que segue a indústria de navegação, estima que os sistemas de navegação vendidos mundialmente atinjam o pico em 2011, nos 42 milhões, mais dois milhões que este ano, para começarem a cair gradualmente.

A Berg Insight estima que as vendas globais destes equipamentos caiam para os 30 milhões em 2015. “A razão para esta queda é basicamente o smartphone”, avança Tom Slob, analista do banco holandês Rabobank, citando pelo The New York Times. “A Google e a Nokia decidiram disponibilizar esta tecnologia gratuitamente, o que mudou o negócio”.

Os líderes do mercado dos sistemas de navegação não concordam, no entanto, que a concorrência com os smartphones venha a ser fatal. A Garmin e a TomTom, por exemplo, estão a responder apresentando tecnologias de informação em tempo real e através de parcerias com os fabricantes automóveis, como a Renault, a Mazda e a Fiat, para integrar os seus sistemas nos veículos destas marcas. “A tecnologia está a ser parcialmente absorvida pelos smartphones e sistemas integrados nos veículos, mas isso não significa que seja o fim da estrada para o negócio”, afirma Kevin Rauckman, CFO da Garmin.

Não obstante, o que se está a passar com o mercado dos sistemas de navegação é apenas mais um exemplo do modo como os smartphones estão a mudar as regras de muitos dos negócios da electrónica de consumo. O The New York Times demonstra-o com a Apple, que viu as vendas do iPhone e do iPad a canibalizar as do iPod. O iPod atingiu o seu pico em 2008, um ano após a Apple ter lançado o iPhone, alcançando os 55,4 milhões de unidades, tendo caído para os 52,4 milhões no ano passado. Da mesma maneira, as vendas mundiais de câmaras digitais outro dispositivo agora frequentemente integrado nos smartphones, caíram dos 140 milhões em 2008 para os 125 milhões em 2009