Apesar da quebra nas vendas de smartwatches no terceiro trimestre, o mercado global de wearables registou resultados positivos, crescendo 3,1%, de acordo com a IDC.
A consultora indica que o mercado de wearables atingiu os 23 milhões de unidades no trimestre, liderado pela Fitbit. As pulseiras de fitness são, na verdade, o grande motor do sector, já que os wearables básicos representaram 85% do total de vendas e obtiveram crescimentos na ordem de dois dígitos. A IDC previa que o momento positivo continuasse na reta final de 2016, com bons indicadores na época natalícia- “Ainda estamos no início, mas já vemos uma alteração notável no mercado”, explica o analista sénior Jitesh Ubrani. “Onde em tempos se esperou que os relógios inteligentes liderassem, os wearables básicos agora reinam. A simplicidade é um fator e isso reflete-se na lista de fabricantes de topo, em que quatro do top cinco oferecem um wearable simples e dedicado ao fitness”.
Ramon Llamas, diretor de pesquisa na equipa de wearables da IDC, ressalva que os wearables inteligentes caíram, mas não desapareceram. “À medida que os gostos dos utilizadores mudam, também as suas necessidades mudarão. Esta é a oportunidade para wearables inteligentes com múltiplas funcionalidades e aplicações de terceiros, tanto para consumidores como utilizadores profissionais”, explica.
A Fitbit lidera o mercado com 23% de quota e um crescimento de 11%, beneficiando do lançamento do Charge 2. A IDC prevê que a empresa continue na liderança nos próximos tempos. A chinesa Xiaomi é segunda, com 16,5% e uma subida de 4%, após o lançamento da pulseira Mi Band. A Garmin captou a terceira posição e cresceu 12,2% para uma quota de 5,7%. A Apple só aparece em quarto, com 4,9% e 1,1 milhões de Apple Watch vendidos, menos 71% face ao mesmo período do ano passado. Finalmente, a Samsung fecha o top 5, com 4,5% de quota e um crescimento de 89,9% explicado pelas vendas em bundle das pulseiras Gear Fit 2 e Icon X com os seus smartphones.