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O futuro dos motores de busca debatido no Congresso da APDC
2006-11-16

Uma das primeiras sessões da tarde do segundo dia do 16.º Congresso da APDC teve como tema “O Futuro dos Motores de Busca” e contou com a presença de Isabel Aguilera, directora geral do Google para Espanha e Portugal, François Bourdoncle, CEO da Exalead, Dave Alstadter, director sénior de Marketing da Microsoft Corporation, Roberto Ruju, Principal de Consulting Services da Capgemini TM&E, Geraldo Stein Maroniene, responsável da FAST, e João Paulo Luz, director comercial do Sapo, como oradores, e Rui Jorge Cruz, jornalista especializado na área das TIC, como moderador. Tentar perceber como é que esta ferramenta pode ser mais bem aproveitada pelo utilizador foi um dos objectivos.

Isabel Aguilera, do Google, foi a primeira oradora desta ronda a afirmar que a pesquisa é o futuro. “Pensamos que o futuro é organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil”, disse. 70 por cento dos negócios do Google centralizam-se em Pesquisa e Publicidade.

A grande aposta que se segue nesta empresa é na indústria das telecomunicações móveis. “Queremos estar em todo o lado, com informação relevante, objectiva e de fácil acesso”, acrescentou Isabel Aguilera, que acredita que a publicidade neste meio vai disparar. “Search… find…& buy” é um dos novos slogans do Google, que quer jogar com inúmeros novos serviços, mas sobretudo como Canal de Vendas, tornando as transacções mais rápidas e seguras.

Para François Bourdoncle, da Exalead, “a experiência dos consumidores está sempre à cabeça e estes só têm a beneficiar com as novas tecnologias”. Além disso, “a Internet pode ser determinante para o desenvolvimento de uma empresa”, disse.

Uma das principais mensagens que este responsável quis passar é a de que “o futuro está nas pessoas, elas são a fonte da informação e o verdadeiro ‘hub’ universal’. São elas que vão procurar, partilhar, interagir e organizar essa informação, que levará ao conhecimento”.

Dave Alstadter, da Microsoft, explicou que esta empresa assenta a sua estratégia de negócios online em três bases, Procura, Utilização e Partilha. Mas, “a informação só é válida mediante aquilo que se pode fazer com ela, pondo a informação, as pessoas e as ferramentas em pé de igualdade. São o trio para o sucesso”. Segundo Alstadter, há que integrar experiências e desbloquear informação.

Trabalhar com eficiência é outra das preocupações da Microsoft que, em termos empresariais, quer apostar em ferramentas como o “Windows Search”, que ajuda a localizar tudo o que está nos computadores, ou o “Windows Live Search”, para fazer frente aos seus mais directos concorrentes. “O futuro está nas soluções seguras, escaláveis, flexíveis e extensíveis”.

Roberto Ruju, da CapGemini, trouxe uma perspectiva de como a Internet e as telecomunicações podem entrar em colisão, ao fornecer serviços com custos baixos ou mesmo gratuitos. Como exemplo, referiu que 70 por cento dos serviços oferecidos pela Yahoo não são pagos. Por outro lado, lançam-se serviços de comunicação cada vez mais avançados com o objectivo de gerarem receitas de publicidade.

Para inverter esta tendência, Roberto Ruju acredita que os “players” das telecomunicações necessitam de introduzir profundas mudanças nas suas estratégias, pois respostas dadas pelas competências tradicionais são incapazes de responder às necessidades actuais dos utilizadores. “Acreditamos que os operadores devem reforçar a sua presença na web e adoptar modelos de negócios baseados na publicidade”, concluiu.

Para Gerardo Stein Maroniene, da Fast, “o mercado mudou e como tal todos têm que mudar”. O seu conceito de pesquisa é que esta constituiu uma tecnologia, dispendiosa pela complexidade que lhe está inerente, que encontra as necessidades dos utilizadores que, por sua vez, procuram sobretudo controlo, interactividade e conveniência. “A busca vai estar em todo o lado e apostar nela é investir em eficiência”.

O último orador deste painel, João Paulo Luz, da Sapo, começou por referir alguns dados sobre os hábitos dos portugueses que, em de Janeiro a Outubro, visitaram, segundo a Marktest, 3,5 milhões de páginas. Nove por cento dessas páginas são de Pesquisa e dois por cento são homepages de portais.

Das formas de fazer dinheiro com essa audiência, João Paulo Luz salientou sobretudo cinco, nomeadamente através dos sites de classificados, dos sites de comunidade (que representam 15 por cento das páginas “consumidas”, das homepages de portais, dos sites de notícias (em que as maiores receitas se verificam nos desportivos) e das páginas de pesquisa.

Em jeito de conclusão destacou que as pessoas se interessam muito por buscas locais, o que coloca alguns reptos aos “players” internacionais, que necessitam de apostar na melhor forma de chegar até essas pessoas, onde quer que elas estejam.


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L.Branca/PAE

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