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Congresso APDC: Tecnologia ‘made in’ Portugal destaca-se na economia mundial
2006-11-16

A sessão subordinada ao tema “Tecnologia Global Made in Portugal” contou com a participação de António Câmara, CEO da YDreams, Elvira Fortunato, Professora Associada no Departamento de Ciência dos Materiais e directora do Centro de Investigação de Materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, e José Maria Moniz, vice-presidente de Serviços ao Consumidor e Comunicações da Chipidea, como oradores, e Carlos Vargas da RTP Mobile como moderador.

António Câmara explicou que a YDreams decidiu passar da investigação para a aplicabilidade do mercado e que sempre apostou na área do entretenimento, como a de desenvolvimento preferencial do seu negócio. Com projectos desenvolvidos para a área dos jogos, que estão prestes a serem lançados nos mercados asiáticos, a empresa já captou a atenção da Vodafone internacional, com quem está a colaborar, e venceu, recentemente, o prémio MS4 Spooks Mobile. Por outro lado, a YDreams também apostou na utilização do telemóvel como controlo remoto de ecrãs gigantes, tendo este projecto sido considerado, em 2004, pela Business Week como um dos mais interessantes na Europa.

A publicidade é outra área onde a Ydreams está a apostar, nomeadamente na disponibilização de materiais interactivos. Também a este nível, a empresa afirma uma estratégia de parcerias à escala internacional, de que é um bom exemplo de sucesso o caso da Adidas por altura do Campeonato do Mundo de Futebol. Procurando sempre novas áreas, a YDreams lançou os primeiros mupis interactivos no aeroporto de Lisboa, e os resultados obtidos granjearam-lhe a entrada nos aeroportos chineses com projectos semelhantes. O Miradouro Virtual é outro caso de sucesso da empresa nacional, que já ganhou direito a ser mencionada na revista internacional Wired, em Maio deste ano. António Câmara referiu ainda que, esta semana, foi disponibilizado o primeiro Miradouro fora de Portugal, no Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e já está previsto um outro na Muralha da China.

Elvira Fortunato apresentou, por sua vez, o que de mais recente se está a fazer a nível de tecnologia de ponta nas universidades portuguesas, nomeadamente no Centro de Investigação de Materiais da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, com o desenvolvimento de sofisticados materiais electrónicos transparentes, que prometem vir a revolucionar os ecrãs de computação nos próximos anos, bem como as apresentações públicas e privadas nos multi-usos profissionais e de entertenimento.

Desenvolvendo um projecto inovador e sofisticado em materiais TFT, ou a chamada electrónica transparente, o Centro de Investigação de Materiais revelou que o maior desafio está em conseguir desenvolver tecnologia que permita o fabrico de materiais a baixa temperatura. Esta solução, cujo desenvolvimento é complexo e delicado, está na base dos próximos ecrãs que os computadores e todos os suportes de apresentação passarão a ter num futuro próximo.

A Chipideia, apresentada por José Maria Moniz, é outro exemplo claro que uma organização nacional pode destacar-se pela positiva na economia mundial. Líder em tecnologia para soluções assentes em circuitos analógicos e sinais mistos integrados, a empresa tem a principal fatia da sua facturação fora de Portugal, sendo que 33 por cento são gerados no mercado dos Estados Unidos, outro tanto na Europa e Israel, cabendo o restante à Ásia e Japão. Os produtos da Chipideia estão presentes em inúmeros equipamentos utilizados no dia a dia, tais como a gestão da bateria dos telemóveis, iPod, Xbox, etc. Segundo José Maria Moniz , “45 por cvento das pens USB do mundo inteiro funcionam com base em tecnologia da Chipideia. A nossa vantagem reside no know-how”.

Um dos grandes desafios enfrentados pela Chipideia foi a dificuldade em captar e reter recursos humanos, nomeadamente engenheiros. Mesmo assim, dos 255 funcionários, cerca de 66 por cento são portugueses e a empresa nunca se sentiu em desvantagem por trabalhar em Portugal. Pelo contrário, José Maria Moniz considera que “o universalismo da nossa cultura é (mesmo) uma vantagem. É verdade que é preciso arriscar e ter consciência de que por vezes as coisas nem sempre correm bem. Razão pela qual as parcerias adquirem uma importância primordial”.

José Maria Moniz afirma que o lema da sua companhia é estar sempre a mudar, a inovar. “Na nossa indústria não podemos estar parados, sob o risco de sermos comprados”.

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L.Branca/PAE

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