O impacto económico do dividendo digital, em 2015, poderá aumentar entre 20 e 50 mil milhões de euros, de acordo com a Comissão Europeia.

Os estudos em que Bruxelas se apoia indicam ainda que, depois desta data, ainda será possível conseguir benefícios suplementares de 30 mil milhões de euros.

Neste sentido, de modo a garantir o aproveitamento de todo este potencial, foi lançada, na passada sexta-feira, dia 10 de Julho, uma consulta pública para "determinar a melhor maneira de trabalhar em conjunto, ao nível da União Europeia, a fim de aproveitar ao máximo esta oportunidade única", explica a Comissão em comunicado. "A Europa só atingirá estes objectivos se adoptar uma estratégia coordenada que permita utilizar o espectro radioeléctrico da forma mais eficiente. Dependendo das escolhas que fizermos, o impacto potencial do dividendo digital pode aumentar milhares de milhões de euros", explica Viviane Reding, comissária europeia para a Sociedade da Informação.

Da consulta pública consta um conjunto de linhas para um roteiro europeu de acções comuns e coordenadas, que partem do princípio que o dividendo digital será usado, sobretudo, para desenvolver serviços de massas nas áreas da televisão e da banda larga móvel. A consulta está acessível até 4 de Setembro e, depois de analisados os resultados, a Comissão apresentará uma proposta formal. "Queremos conhecer melhor as opiniões dos cidadãos, das empresas de radiodifusão, dos operadores móveis e dos outros intervenientes no mercado sobre essas escolhas, antes de finalizarmos as nossas propostas", acrescenta Viviane Reding.