O investimento português em Tecnologias de Informação (TI) deverá crescer 4,3 por cento, em 2009, e atingir os 3,18 mil milhões de euros, segundo as previsões avançadas pelo relatório “Impacto da Crise Financeira - Mercado das TIC - Portugal versus Europa: Análise e Previsões 2008-2012″, da IDC.

Quanto à Europa Ocidental, a IDC estima, para 2009, um crescimento de 1,2 por cento. O hardware, que representa mais de 50 por cento do total do investimento, será o segmento mais afectado pela crise económica, pois depende de grandes projectos e investimentos do mercado empresarial. Portáteis e smartphones, no entanto, vão continuar a crescer. Já no que concerne ao software, a IDC prevê uma subida de 3,2 por cento, para os 530 milhões de euros, impulsionada pela procura de ganhos de eficiência, através da optimização operacional e da automatização dos processos empresariais.

As previsões da IDC para o mercado nacional estão, assim, acima das apontadas para o mercado europeu, à semelhança do que já tinha ocorrido em Novembro passado, quando a IDC reviu as suas previsões sobre o mercado das tecnologias da informação em Portugal e no mundo, em função da nova conjuntura económica. O cenário aí apontado revelava já um forte abrandamento do investimento e despesa, com Portugal a manter um ritmo de crescimento anual acima do da Europa Ocidental, embora revisto em baixa de 11,2 por cento para 7,5 por cento, em 2009. Os valores agora avançados revêem ainda mais em baixa as previsões apontada em Novembro de 2008. Já nessa data, Gabriel Coimbra alertava que, "em 2009, as empresas serão mais cautelosas nos investimentos e ir-se-ão focalizar na optimização da tecnologia que já têm. O mercado de consumo será afectado pela quebra da procura em resultado da menor disponibilidade de crédito e da estagnação económica. Contudo, a forte inovação tecnológica, os planos governamentais e alguns sectores da economia serão factores de dinamismo."