A McAfee lançou um estudo onde revela as ciber-práticas perigosas conhecidas como typo-squatting. O estudo “What's In A Name: The State of Typo-Squatting 2007” revela como os typo-squatters registam domínios, utilizando nomes de marcas conhecidas, produtos ou pessoas com erros tipográficos, para encaminharem os consumidores para websites alternativos.
Estes websites squatter-run geram receitas publicitárias por cada clique, atraem consumidores de forma subtil e conseguem endereços de correio electrónico dos utilizadores para lhes inundarem a caixa de correio electrónico com e-mails não desejados. Para quantificar a projecção deste estudo, a McAfee analisou 1,9 milhões de variações de 2.771 dos domínios mais conhecidos.
“O Typo-Squatting ilustra a mentalidade do Velho Oeste que continua presente na maioria das actividades na Internet,” afirma Jeff Green, vice-presidente sénior dos McAfee Avert Labs e de Desenvolvimento de Produto. “Mesmo no seu estado mais benéfico, esta prática leva os consumidores a websites que estes nunca haviam planeado visitar e penaliza as empresas que operam legalmente através do afastamento dos seus clientes ou da cobrança de um valor que lhes permita recuperá-los. No pior dos casos, o Typo-Squatting conduz a esquemas online, como ‘enriqueça rapidamente’ e outros riscos”.
De acordo com o estudo, um utilizador típico que digite mal o nome de um URL tem uma em 14 probabilidades de entrar num website ocupado ilegalmente. Os websites dirigidos a crianças são os mais visados e mais de 60 dos principais websites que sofrem de ocupações ilegais são dirigidos a crianças com menos de 18 anos, como é o caso do webkinz.com, clubpenquin.com ou neopets.com. Alguns Typo-Squatters aproveitam os erros tipográficos para exporem as crianças a pornografia. De facto, 2,4 por cento dos websites Typo-Squatting testados (mais de 46 mil) incluem conteúdos para adultos.
As categorias de websites com maior probabilidade de serem ilegalmente ocupados são sites de jogos (14%), sites de companhias aéreas (11,4%), principais empresas de media (10,8%), sites para adultos e de encontros online (10,2%), tecnologia e Web 2.0 (9,6%).
Os serviços de sindicância de publicidade automatizada evitam que muitos websites de ocupação ilegal consigam lucros. Os anúncios de um motor de busca representam mais de 19,3 por cento de todos os websites suspeitos de ocupação ilegal deste estudo.
O estudo da McAfee revela ainda que Portugal está entre os cinco países, fora dos Estados Unidos, com maior probabilidade de sofrer deste tipo de ocupação ilegal são, com 6,5 por cento. Os restantes são o Reino Unido (7,7%), Espanha (5,9%), França (5,4%) e Itália (4,1%).