O número de utilizadores de tablet aumentou 2,6 vezes em 2013 face ao ano transacto, de acordo com os resultados do Bareme Internet da Marktest. São 868 mil os portugueses que utilizam tablet, valor que representa 10,1% do universo composto pelos residentes no Continente com 15 e mais anos.

O número de utilizadores de tablet quase triplicou face a 2012, quando 3,8% dos indivíduos dizia utilizar o equipamento. Entre os utilizadores, três em cada quatro diz usar o tablet próprio, enquanto 20% refere que usa o de outra pessoa do agregado e 3% o da empresa.

Este equipamento revela uma forte segmentação social, pois é ao nível das classes sociais que mais diferenças se observam, com os valores a oscilar entre os 31,5% de utilizadores entre os indivíduos das classes sociais mais elevadas (três vezes acima do valor médio) e os 1,6% entre a classe social baixa. Os dados do Bareme Internet mostram, ainda, que os homens revelam maior afinidade com a utilização de tablet, assim como os indivíduos entre os 25 e os 35 anos e os residentes na Grande Lisboa.

Outro estudo da Marktest, o Target Group Index (TGI), confirma qu a penetração de tablet e smartphone segue em alta. Em Julho, e numa análise evolutiva com base nos últimos cinco anos, observou-se que, apesar do consumidor ser mais ponderado na gestão das suas compras e do orçamento disponível, havia bens em contraciclo com a retracção generalizada do mercado. Com apenas seis meses de diferença, entre o lançamento da segunda “release” TGI 2013 e esta primeira vaga de 2014, os dados TGI continuam a apontar para uma tendência de crescimento dos smartphone e tablet em Portugal. Neste período, a posse de smartphone registou um aumento de 9,5 pontos percentuais (TGI 2013 2.ª release – 31,4% | TGI 2014 1.ª release – 40,9%) e o número de detentores de tablet quase que duplica, registando um aumento 6,3 pontos percentuais (TGI 2013 2.ª release – 8,8% | TGI 2014 1.ª release – 15,1%).

Não obstante, reforçando a tendência para um comportamento de compra mais ponderado, cerca de dois terços dos portugueses espera até que o preço dos aparelhos electrónicos baixe, antes de equacionar a compra (61%).

Os dados da Marktest indicam, ainda, que cerca de um quarto dos portugueses instalou uma aplicação no seu smartphone ou tablet (26,7%), recorrendo essencialmente às aplicações gratuitas (26,3%). No Top 3 das suas preferências estão os jogos (63,5%), as redes sociais (39,1%) e as comunicações – WhatsApp, Viber, Skype, etc. (37,7%).