O “timing” de lançamento dos novos iPads coincide com uma época crítica de vendas. Os dois meses que antecedem o Natal representam, segundo a Euromonitor Internacional, mais de 40% das receitas totais dos retalhistas e fabricantes, pelo que os novos dispositivos, tendo em conta o seu posicionamento de preço, sobretudo o novo iPad Mini, deverão dominar a lista de compras de produtos de electrónica de consumo para o Natal. A retalhista britânica John Lewis já confirmou inclusive que espera que o novo iPad Mini seja um dos seus “best sellers” nesta época de vendas.

As vendas de tablets deverão ultrapassar as de portáteis em 2013, com aqueles dispositivos a tornarem-se no equipamento móvel mais popular entre os consumidores, excedendo os 143 milhões de unidades. Em 2014, as vendas continuarão a crescer, subindo 20% face ao período homólogo. Contudo, nota a Euromonitor, em alguns mercados estratégicos, as vendas de iPads apenas crescerão, em termos absolutos, 3%, já que a Apple está focada em manter as suas margens de lucro.

Face a uma abundante concorrência de tablets baratos, correndo tanto o sistema operativo Android (51%) como Windows (11%), os iPads representarão pouco mais de um terço do volume do mercado de tablets em 2014. Em 2010, a Apple tinha uma quota de mercado de 84%, mas dificilmente continuará a dominar a categoria a partir do próximo ano. O mercado tem cada vez mais propostas, inclusive marcas próprias dos retalhistas.

Tanto o iPad como o iPad Mini têm um posicionamento de preço superior ao de modelos comparáveis da concorrência, o que se traduz em margens mais elevadas. Nesse sentido, alerta a Euromonitor, a próxima geração irá ajudar a Apple a consolidar a sua posição e a reforçar o seu estatuto como marca premium.