LG acredita que a tecnologia OLED tem o maior potencial para alcançar a qualidade de imagem perfeita
Apesar da enorme panóplia de funcionalidades e características suplementares que as televisões actuais apresentam, a qualidade de imagem continua a ser o factor mais decisivo e valorizado pelos consumidores na hora da compra, revela um estudo levado da revista Inside CI, realizado em 2012.
A LG, consciente deste desafio, optou por uma abordagem integrada e transversal, fazendo da qualidade de imagem uma marca distintiva dos seus produtos, nomeadamente monitores, “smartphones” e televisores. Neste campo, a LG tem sido pioneira na adopção de tecnologias como o In-Plane Switching (IPS), que gradualmente se têm vindo a destacar por uma maior aceitação por parte do mercado. O Ultra HD, também conhecido por 4K, é outra das apostas da LG, que se tem posicionado como um agente activo na promoção deste formato. Contudo, é na tecnologia de ecrãs OLED, termo que deriva da expressão “organic light emitting diode”, que a LG, mas também a indústria e os seus principais influenciadores, crê estar o maior potencial para não só alcançar a qualidade de imagem perfeita, como também transformar radicalmente muitos dos “gadgets” da actualidade, nomeadamente os “smartphones”. Os ecrãs OLED permitem conjugar a qualidade de imagem impressionante com um design ainda mais fino, pois resultam da combinação de um número de camadas muito inferior àquele que os ecrãs LED necessitam para produzir imagem. Este número tão reduzido de camadas só possível porque nos ecrãs OLED cada pixel tem capacidade para emitir sinais luminosos de cor vermelha, azul e verde sem a necessidade de uma camada de retro-iluminação.
As potencialidades dos ecrãs OLED vão muito para além da qualidade de imagem e é no design que a LG acredita que esta tecnologia mais vai dar cartas. Estes ecrãs são extremamente finos e apresentam molduras praticamente invisíveis que proporcionam uma experiência de visualização imersiva. Mas as possibilidades de aplicação desta tecnologia são enormes e abre caminho para a produção de ecrãs curvos e flexíveis que dentro de alguns anos, serão comuns em equipamentos portáteis.
A empresa de estudos de mercado DisplaySearch prevê que, entre 2012 e 2013, o número de unidades de TV OLED vendidas passe de 500 para 50.000. Em 2016 a tecnologia deverá já estar estabelecida no mercado e o número de unidades vendidas ascenderá aos nove milhões.
Existem no entanto ainda alguns desafios a ultrapassar para que o OLED se afirme no mercado. Um dos obstáculos prende-se com a precisão apresentada pelas cores produzidas pelos ecrãs , pois nestes a cor é produzida em cada pixel conjugando a intensidade do sinal luminoso de três cores base (azul, vermelho e verde). O processo que define a intensidade de cada cor base e, consequentemente a qualidade da cor final, é ainda um problema para muitos fabricantes.
A LG eliminou este entrave adicionando um pixel branco que funciona como um regulador, que actua optimizando a qualidade da cor produzida, criando assim o sistema WRGB. Como resultado, a TV OLED LG 55EA8800 recebeu na edição de 2013 um Innovation Award. Também nesta edição do CES foi apresentado pela LG um dos primeiros televisores de ecrã curvo, o LG EA9800, que foi recentemente distinguido com o “best of the best award” nos red dot design awards 2013.