A conjuntura económica vai continuar a afectar as despesas com tecnologias de informação (TI) no território nacional. Confrontadas com um ambiente económico desfavorável, as organizações e os consumidores nacionais têm vindo a reduzir a despesa com TI e as mais recentes previsões da IDC Portugal apontam para uma quebra de 1,6 por cento este ano.

A diminuição vai ser mais acentuada em hardware (menos 2,3 por cento), no software (menos 2,9 por cento) e nos serviços (menos 0,1 por cento).

Com a redução da despesa em TI, a indústria portuguesa tem vindo a adoptar estratégias que contemplam a entrada noutros mercados, nomeadamente nos países de expressão portuguesa, que possibilitam às empresas aproveitar o crescimento da despesa nos países emergentes. As previsões da IDC Portugal apontam para que este movimento de expansão continue e que venha a contemplar novos mercados, nomeadamente Ásia, Médio Oriente e Europa de Leste.

As previsões da IDC Portugal evidenciam que as organizações nacionais adoptaram estratégias de redução de custos, de melhoria da eficiência e de optimização dos processos de negócio com o objectivo de se prepararem para a retoma da economia que, segundo as previsões macroeconómicas mais recentes, deverá acontecer no próximo ano.

Neste contexto, à semelhança do que aconteceu no ano passado, as organizações nacionais vão prosseguir com esforços de consolidação e de virtualização da infra-estrutura tecnológica com o objectivo de, a curto prazo, ter condições para beneficiar da adopção de serviços de “cloud computing”. Actualmente, cerca de 28 por cento das organizações nacionais já adoptou serviços de Infrastructure-as-a-Service (IaaS), enquanto 25 por cento das organizações estão a utilizar serviços de Software-as-a-Service (SaaS). Esta transformação do centro de dados tem vindo ainda a contemplar a integração de novas tecnologias de consumo, como “smartphones”, “tablets” e redes sociais no interior das organizações.