O mercado dos dispositivos móveis (telemóveis mais smartphones) está a abrandar globalmente e, embora a ligeira tendência de crescimento do preço médio, regista-se uma estabilização ao nível da facturação. Em Portugal, os dados da GfK mostram que, entre Janeiro e Junho, este mercado caiu sete por cento em unidades face ao período homólogo de 2011. Esta queda fica acima da descida média de três por cento observada a nível europeu.
Não é de agora que o mercado dos dispositivos móveis dá mostras de abrandamento. Quando comparado o ano de 2011 com o de 2010, estes produtos vendiam menos cinco por cento em Portugal.
Os smartphones são o “combustível” deste mercado, segundo Ricardo Anaia, o responsável da área de Telecom da GfK. No primeiro semestre, cresceram, em volume, cerca de 43 por cento, ao passo que os telemóveis perderam 18 por cento. A nível mundial, os smartphones já representam 42 por cento das vendas totais de dispositivos móveis. Só num ano, cresceram 40 por cento e a GfK estima que, no final de 2013, 83 por cento dos equipamentos vendidos em todo o mundo sejam smartphones.
Estes produtos são apetecíveis para os consumidores portugueses, que valorizam aspectos como o formato “block” (99%), a disponibilidade de Wi-Fi (91%), a funcionalidade “touch” (90%) e o ecrã TFT (85%). Em Portugal, o sistema operativo Android tem uma quota de 63 por cento. Por outro lado, o tamanho do ecrã é também um factor a ter em conta, já que mais de 25 por cento do mercado, a nível europeu, tem menos de quatro polegadas.