A procura por smartphones continua a manter-se, apesar das dificuldades económicas sentidas em grande parte do mundo. De acordo com a GfK, já foram vendidos mais de 650 milhões de smartphones, o que representa um aumento de 50 por cento numa base anual.

Nos países ocidentais industrializados, particularmente, cada vez mais consumidores escolhem um smartphone em detrimento de um normal telemóvel. Em muitos mercados europeus, as vendas de smartphones sobrepõem-se às de telemóveis. Para os fabricantes, isto significa que é absolutamente necessário ter uma gama de smarphones que seja atractiva. A GfK acredita que os fabricantes que se posicionem no mercado dos telemóveis, onde as margens de lucro são mais baixas, enfrentarão mais cedo ou mais tarde um beco sem saída. Tanto mais que os smartphones cujo preço está acima dos 150 euros já representam 80 por cento das vendas globais de dispositivos móveis.

Já nos mercados emergentes e nos países em desenvolvimento, são vendidos mais telemóveis do que smartphones. Mesmo assim, a quota atribuída aos smartphones está a crescer e a um ritmo bem rápido, à medida que o poder de compra nestas economias sobe. Por exemplo, na América Latina, nos primeiros seis meses deste ano, um em cada cinco telemóveis comprado era um smartphone. Na Ásia, no mesmo período, a quota dos smartphones subiu de 22 para 41 por cento.

Mercado europeu com uma ligeira quebra

Na primeira metade do ano, numa comparação com o mesmo período de 2011, o mercado europeu das telecomunicações caiu três por cento. Para fazer face à crise, os consumidores estão a comprar menos produtos tecnológicos, o que se conjuga com o facto da taxa de penetração dos dispositivos móveis já ser elevada.

Apesar da procura por smartphones continuar em alta, não foi suficiente para compensar o declíneo nos telemóveis. Os modelos de entrada oferecem uma base de crescimento futuro para os smartphones, desde que, alerta a GfK, os fabricantes e os retalhistas saibam convencer os consumidores que antes compravam telemóveis das vantagens destes dispositivos, como o acesso à Internet e o download de aplicações. Para os fabricantes, a opção por determinado sistema operativo tornou-se estratégica. Uma vez habituados a determinado sistema, os consumidores não apreciam mudar e optam por comprar um modelo que tenha o mesmo sistema no futuro.