Um conjunto de cientistas da Xerox desenvolveram uma forma de imprimir imagens que duram apenas um dia, para que o papel possa ser utilizado diversas vezes.

A tecnologia, que ainda se encontra num estado embrionário, vem preencher o espaço existente entre os documentos em papel e os displays digitais e pode conduzir a uma redução significativa na utilização do papel.

Esta tecnologia de impressão experimental, resulta de uma colaboração entre o XRCC (Xerox Research Centre of Canada) e o PARC (Palo Alto Research Center Inc.), e pode, futuramente, substituir páginas impressas utilizadas durante pequenos períodos de tempo antes de serem destruídas. A Xerox prevê que, em cada cinco páginas impressas no escritório, duas sejam utilizadas para o que designamos de “uso diário”, tais como e-mails, páginas web e materiais de referência que foram impressos apenas para uma rápida visualização.

A Xerox patenteou esta tecnologia, designada de “erasable paper.” Faz parte de um projecto de laboratório focado no conceito de documentos dinâmicos futuros.

Para desenvolver o papel reutilizável, os pesquisadores necessitavam de identificar formas de criar temporariamente imagens. O momento chave surge no desenvolvimento de compostos que alteram a cor quando absorvem um certo comprimento de onda de luz, mas que depois desaparecem gradualmente. Na sua versão actual, este papel, cuja impressão desaparece entre 16 a 24 horas, pode ser utilizado diversas vezes.

Enquanto os cientistas da XRCC trabalham na química da tecnologia, os seus homólogos no PARC estão a investigar formas de construir um sistema que pode escrever a imagem no papel especial. Os pesquisadores do PARC desenvolveram uma “impressora” protótipo que cria a imagem no papel utilizando uma barra de luz que fornece um comprimento de onda especial, como uma fonte de escrita. A imagem escrita desaparece naturalmente à medida que o tempo passa ou pode ser imediatamente apagada ao ser exposta ao calor.

Enquanto os utilizadores potenciais mostram interesse em documentos passageiros, ainda existe muito trabalho a ser feito, caso a tecnologia seja comercializada.