A noção generalizada de que os lares dos países mais ricos têm mais televisores é correcta, segundo uma pesquisa da DisplaySearch. O estudo revelou que os lares dos países desenvolvidos têm em média mais 28 por cento de televisores que os dos países emergentes.

Contudo, o mesmo estudo demonstra que, em todas as regiões, o número de aparelhos de televisão por lar é superior nos que possuem ecrãs planos. De facto, a tendência para os proprietários de ecrãs planos terem mais aparelhos de TV é ainda mais forte nos mercados emergentes, o que indica uma forte separação entre o poder de compra das várias classes. “Resida-se num país economicamente desenvolvido ou emergente, aqueles mais propensos a adoptar novas tecnologias são também os mais interessados em ter aparelhos de televisão no geral, têm rendimentos mais elevados e podem comprar mais equipamentos ou ambas as situações”, nota Paul Gagnon, analista da DisplaySearch.

Os Estados Unidos são o país onde existem mais televisores por lar, comparativamente com a Índia, que está no extremo oposto. Não obstante, alguns países têm taxas de posse de TV superiores ao que inicialmente se poderia esperar, caso do México, localizado no quarto lugar entre os países estudados pela DisplaySearch. Porém, considerando o número de televisores por pessoas no lar, o México cai na tabela. “No top 6 estão países desenvolvidos e nos últimos oitos mercados emergentes. O que mostra uma relação com o estatuto sócio-económico, com a Índia e a China rural a terem o menor número de televisores por pessoa”, acrescenta Paul Gagnon.

O Reino Unido e o Japão têm sido, de acordo com o estudo, os países mais activos dos últimos três anos no que se refere à troca de televisores por modelos mais recentes. Os países europeus têm, de resto, destacado-se a este nível, com o final das emissões analógicas a motivar o “upgrade” dos equipamentos por modelos equipados com sintonizador digital.