O consumo de televisão online está a crescer rapidamente, com 50 por cento dos consumidores a aceder semanalmente a conteúdos televisivos via Web, revela o estudo “Multi Screen Media Consumption 2010”do ConsumerLab da Ericsson.
O estudo demonstra que as pessoas actualmente passam até 35 por cento do seu tempo de lazer a ver conteúdos de TV e vídeo e que os consumidores se estão a tornar cada vez mais conscientes das novas tecnologias que, por sua vez, estão a criar novos padrões de consumo de media. Dos consumidores inquiridos, 93 por cento ainda assiste a transmissões de TV “lineares” e programadas pelo menos uma vez por semana, mas o papel das transmissões de TV tradicionais está a mudar devido à introdução de novos canais de distribuição. Mais de 70 por cento dos consumidores inquiridos efectua streamings e downloads ou vê transmissões de TV gravadas numa base semanal e 50 por cento está a aceder a TV/vídeo on-demand via web todas as semanas.
Os conteúdos transmitidos em directo são ainda de grande importância para os consumidores, mas a capacidade de decidir quando e onde ver TV irá afectar o papel dos conteúdos transmitidos de forma linear ou programada. Apesar de actualmente os consumidores não demonstrarem vontade de pagar por conteúdos online, verifica-se uma forte expectativa em relação a este tipo de serviço. Os consumidores procuram um serviço personalizado, de fácil utilização e alta qualidade, on-demand e sem intervalos comerciais, para constituir o seu serviço de TV.
Um consumidor gasta em média 38 euros por mês em TV e quase 60 por cento desse valor é atribuído às transmissões de TV tradicionais. Contudo, uma vez que o tempo dedicado à visualização de transmissões de TV tradicionais representa apenas 40 por cento do consumo total de TV/vídeo, torna-se evidente que os consumidores não estão a pagar por aquilo que utilizam mais. As conclusões do ConsumerLab da Ericsson demonstram que os consumidores irão futuramente reorientar as suas despesas, com um aumento do consumo de serviços on-demand, desde que os seus requisitos relativos à alta qualidade, facilidade de utilização e acesso aos conteúdos pretendidos sejam correspondidos.
O estudo também abrange as atitudes dos consumidores em relação ao tablet touch screen e a forma como estes se enquadram no seu consumo de TV. 37 por cento estão muito interessados em utilizar um tablet como controlo remoto.