As receitas conseguidas com a venda de televisões com capacidade de se ligarem à Internet irão alcançar os 29,3 mil milhões de dólares, em 2011, representando 58 por cento da facturação total dos equipamentos de IPTV no próximo ano, revela um novo estudo da IMS Research.
Como nota Rebecca Kurlak, responsável pela pesquisa, “no CES 2010, as empresas de electrónica de consumo divulgaram amplamente o conceito de 3D como uma característica dos seus ecrãs. Contudo, uma parte importante deste conceito e que não foi tão comentada são as oportunidades de negócio que se abrem ao se disponibilizar aos consumidores o acesso a mais conteúdos”.
A IMS Research salienta que, apesar de muitos dos fabricantes de TV se terem comprometido em fabricar, em 2010, pelo menos, 25 a 30 por cento das suas linhas de produto com conectividade integrada, as previsões são de que apenas 12,5 por cento dos equipamentos vendidos este ano em todo o mundo tenham esta funcionalidade. Segundo a empresa de estudos de mercado, isto deve-se, em primeiro lugar, ao facto dos fabricantes estarem na expectativa de como correrão as vendas do primeiro semestre para planearem a produção do segundo e, em segundo lugar, ao estado da economia, que ainda está em fase de recuperação. A IMS acredita porém que em, 2011, 30 por cento dos televisores vendidos tenham a capacidade de se ligar em rede e à Internet.
Assim, para este ano, a estratégia assentará, no entender da consultora, no estabelecimento de parcerias, por parte dos fabricantes de televisão, para garantir os conteúdos. Antes da visualização 3D se tornar numa necessidade, a IMS antecipa que os consumidores irão exigir o acesso a outras fontes de conteúdos.
No final deste ano, as vendas globais dos dispositivos direccionados ao IPTV irão crescer 78 por cento face a 2009. As categorias com maior predominância serão os televisores e os leitores de Blu-ray. Rebeca Kurlak defende que, com o lançamento recente da especificação do Blu-ray 3D, pela Blu-ray Disc Association, combinado com a contínua descida dos preços de venda, os consumidores deverão adoptar cada vez mais os leitores Blu-ray nas suas casas. E, estando a maioria destes equipamentos munidos de conectividade IP, permitindo o acesso a bibliotecas de “video on demand” como o Netflix, a Amazon, o Vudu ou o CinemaNow, os leitores Blu-ray são hoje uma compra mais atractiva do que no início. A IMS prevê assim que, no próximo ano, as vendas de leitores Blu-ray com conectividade à Internet excederão os 28 milhões.
