Apesar do número de dispositivos de captura de imagem não parar de crescer, tendo atingido os 116 milhões em Agosto passado, a percentagem de utilizadores que efectivamente imprimem as suas fotografias caiu.

Segundo um estudo realizado pela GfK em oito países europeus, a principal razão por detrás desta evolução é o facto de que, ao contrário de antigamente, quando se tinha de revelar o filme para poder ver a imagem, hoje em dia é possível visualizá-la na própria câmara ou no PC.

De acordo com a GfK, a partilha de fotos online também teve algum impacto dado que até a frequência da impressão doméstica caiu em resultado destes sites. O estudo apurou que estas impressões desceram de quatro mil milhões, em 2006, para 2,5 mil milhões, em 2009. A pesquisa sublinha que, apesar dos mais jovens serem dos mais entusiastas na captura de imagem, mostram também o índice de impressão mais baixo. Adicionalmente, o utilizador europeu de câmaras digitais tira em média cerca de 110 fotos por mês, mas apenas imprime um terço delas.

A revelação e impressão fotográfica foi desde sempre um elemento estratégico do negócio dos especialistas e retalhistas de fotografia, pelo que estes reagiram às novas tendências alargando a sua actividade e atractividade para além das fotos 10x15, com merchandising personalizado, como canecas, calendários, álbuns fotográficos, vestuário, telas, porta-chaves, entre tantos outros objectos.

A GfK considera que é crucial que estes produtos de valor acrescentado se tornem mais populares entre os consumidores, para fazer face à queda nas impressões convencionais. A sua análise revelou que estes sector irá estabilizar, seguindo-se um crescimento futuro impulsionado pela oferta destes produtos de valor acrescentado. A capacidade das lojas ampliarem a sua gama de produtos, no mais curto espaço de tempo, contribuirá ainda mais para este crescimento.