As vendas mundiais de televisores mostraram uma ligeira recuperação no terceiro trimestre, segundo os dados da DisplaySearch. As vendas cresceram pela primeira vez, desde o terceiro trimestre de 2008, subindo um por cento relativamente a esse período e atingindo os 54,9 milhões de unidades.
Os LCD’s têm vindo a gozar, ao longo de todo o ano, de um forte crescimento, que não foi, contudo, suficiente para compensar a rápida queda da tecnologia CRT. O segmento dos LCD’s cresceu 38 por cento relativamente ao terceiro trimestre de 2008, alcançando os 37,5 milhões de unidades, um valor recorde, segundo a consultora. A DisplaySearch atribuiu aos programas de estímulo dos governos chinês e japonês, assim como à forte erosão dos preços, os valores positivos que se registaram em todos os mercados, com excepção para o da Europa de Leste. As suas previsões são de que, para a totalidade do ano, o volume de LCD’s vendidos venha a chegar aos 140 milhões de unidades.
Apesar dos indicadores positivos em unidades para os LCD’s, as tendências do mercado em valor continuam a ser negativas. O terceiro trimestre assinalou mesmo a quarta queda consecutiva do mercado de televisão, que viu a sua facturação contrair dez por cento relativamente ao mesmo período de 2008, para os 26.200 milhões de dólares. No que aos LCD’s diz respeito, a disparidade entre o comportamento do mercado em volume e em valor foi ainda mais notória, já que a sua facturação cresceu apenas um por cento, comparativamente com a subida de 38 por cento nas unidades. A culpa pode bem ser dos preços médios, que caíram 27 por cento no terceiro trimestre em termos homólogos.
Os dados da DisplaySearch revelam ainda que a Samsung mantém a liderança mundial do mercado em valor, pelo 15.º trimestre consecutivo, não obstante ter perdido cerca de um ponto de quota relativamente ao segundo trimestre deste ano, para os 21,9 por cento. No segundo lugar também permanece a LG, pelo segundo trimestre consecutivo, depois de ter ultrapassado a Sony, no primeiro trimestre deste ano e apesar de também ter experimentado uma descida de quase um ponto percentual, para os 12,9 por cento. A Sony é, precisamente, a terceira marca mundial, mas a sua quota já está abaixo dos dez por cento, tendo sido uma das marcas que mais se ressentiu no terceiro trimestre.