Em 2008, Portugal foi um dos países que se destacou no mercado da electrónica, nomeadamente no que se refere aos orçamentos despendidos pelas famílias, apesar deste mercado ter registado uma quebra de seis por cento em valor. Para 2009, as intenções de compra dos portugueses revelam-se estáveis.

Segundo o Observador Cetelem, que analisa anualmente o consumo das famílias europeias em mercados como o da electrónica de consumo, este constitui um dos sectores no qual dez por cento das famílias portuguesas prevêem realizar compras este ano, número idêntico ao de 2008, um resultado não deixa de ser significativo, dado o contexto económico actual.

Considerando, especificamente, os produtos da linha castanha, o mercado movimentou 615 milhões de euros, o que corresponde a uma contracção de cerca de seis por cento face ao ano anterior, em valor, e um ligeiro aumento de 0,5 por cento no volume de vendas, que são absorvidas, na sua maioria, pelas grandes cadeias de lojas.

A análise do consumo dos portugueses revela, ainda, que a média do valor gasto por família foi de 169 euros, em 2008. Considerarmos todas as famílias de produtos que compõem a electrónica de consumo (linha castanha, entretenimento e telecomunicações), a despesa anual média das famílias portuguesas eleva-se para 305 euros, um valor que é apenas ultrapassado no Reino Unido e que coloca Portugal no segundo lugar do ranking em termo de consumo neste sector. Ponderando ainda as despesas anuais das famílias de cada país pelos rendimentos, que diferem de país a país, Portugal sobe para a primeira posição do pódio.

Os ecrãs planos foram os produtos que geraram maior facturação. São um dos produtos mais adquiridos pelos portugueses e representam 52 por cento das vendas em valor. Apesar da quebra que se registou na venda da grande maioria dos produtos de electrónica de consumo, as câmaras digitais, os auscultadores, os leitores de MP4 e os sistemas de navegação estão no topo das preferências de consumo dos portugueses. Todos estes produtos registaram crescimentos, à excepção das câmaras digitais, cuja quantidade baixou, mas que continuou a ser o produto mais vendido em 2008.