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2007, o ano da retoma?
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O ano de 2007 deverá caracterizar-se por uma nova aceleração da actividade económica em Portugal. Assim o consideram os economistas e o Banco de Portugal, que reviu em alta as suas previsões para a economia portuguesa. Mesmo assim, os valores projectados estarão ainda abaixo da média europeia. E uma potencial crise norte-americana, cuja economia se encontra desequilibrada, terá efeitos em todo o mundo.

A mais recente projecção do Banco de Portugal estima que o Produto Interno Bruto acelere em 2007 para 1,8 por cento. Se, por um lado, as exportações deverão abrandar, em linha com a evolução dos principais mercados de destino, a procura interna, por outro lado, tenderá a recuperar gradualmente. A evolução anunciada pelo Banco de Portugal está associada a uma significativa recuperação do investimento privado e a uma moderada aceleração do consumo privado, em consonância com a evolução do rendimento disponível.

O Banco de Portugal atribui esta ligeira aceleração do consumo privado às condições mais favoráveis do mercado de trabalho e a um aumento do rendimento disponível real, pela subida dos salários reais e pela redução do crescimento dos impostos directos pagos pelas famílias. De acordo com a Comissão Europeia, nos próximos 12 meses é esperada uma melhoria das expectativas dos consumidores. “No entanto, as decisões de consumo das famílias nos próximos dois anos deverão continuar a reflectir as limitações impostas pelas condições de solvabilidade decorrentes das restrições orçamentais intertemporais que se têm tornado particularmente activas nos últimos anos. Num contexto de aumento progressivo das taxas de juro, o consumo deverá crescer em linha com o rendimento disponível real,ao contrário do que aconteceu nos últimos anos”.

2007 não será assim o ano da grande retoma no consumo, pelo que as empresas terão de capitalizar todas as oportunidades de negócio que surgirem. Uma análise atenta ao que os consumidores esperam poderá revelar-se fundamental.

Ainda 2006 não tinha terminado e já os gurus do marketing e da distribuição faziam as suas previsões do que os consumidores vão procurar este ano nos lineares da distribuição. E todos salientam uma necessidade de se ser criativo, no actual ambiente do retalho.

Allen Dils, que há mais de 18 anos é gestor de Merchandise na Hubert, destaca, logo à partida, a necessidade de definir como alvo um grupo específico. “A chapa 3 já não funciona. Em vez de se tentar vender para o mass market, as insígnias de distribuição devem apelar a segmentos mais pequenos e específicos. (...)

2007, o ano dos novos sistemas operativos e Web-TV

Se 2006 foi o ano das consolas de videojogos de nova geração, este ano, a tecnologia vai ser marcada pelo lançamento dos novos sistemas operativos da Microsoft e da Apple, pela nova plataforma da Intel e pela aposta dos maiores fabricantes de tecnologia e electrónica de consumo da união da TV com a Web.

As maiores publicações da especialidade acreditam que os novos sistemas operativos da Microsoft e da Apple serão os grandes motores do negócio em 2007. Já em Janeiro, a Microsoft lançou a versão de consumo do Windows Vista e o Leopard da Apple é esperado pouco depois. (...)

Por outro lado, se houve tendência revelada pelo último Consumer Electronics Show em Las Vegas, realizado em Janeiro, é a vontade de unir o mundo da televisão e a Web. Pelo menos de cinco grandes empresas, incluindo a Sony, a HP, a Microsoft e a Netgear, desvendaram novas formas de trazer os conteúdos da Internet para o ecrã da televisão, juntando-se, assim, à Apple, que já tinha anunciado os planos da sua iTV. Se estas tecnologias vingarem, irá encorajar os fornecedores de conteúdos a criar programas mais interactivos e poderá potenciar o mercado dos conteúdos ‘on demand’. (...)

No sector Electro, uma pesquisa da Mintel para o ano de 2010, revela que a procura e o interesse por novas tecnologias se manterá forte e a demanda de produtos ícone, como o iPod ou o último LCD ou home cinema, continuará. Os preços, contudo, tenderão a cair ainda mais. Em conclusão, o estudo prevê que, este ano, o sector do retalho Electro facture 1,601.3 milhões de euros e crescerá 7,3 por cento.

Tendo por base estes indicadores, as empresas da distribuição mostram-se optimistas e tencionam prosseguir os seus planos de expansão. Já as previsões dos actores da produção são prudentes.

Leia o desenvolvimento do artigo na edição de Janeiro da Rm-Revismarket.

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