Resultados de 2006 do grupo Jerónimo Martins 2007-03-01
O Grupo Jerónimo Martins encerrou as suas contas de 2006 com assinaláveis níveis de rentabilidade. Estes resultados confirmam o êxito das estratégias em curso tendo-se cumprido as expectativas do Conselho de Administração. Portugal: Pingo Doce colhe os frutos da sua aposta em preços competitivos O Pingo Doce prosseguiu a sua estratégia baseada em preços competitivos, conveniência e alta qualidade de perecíveis e da sua marca própria. O sucesso desta estratégia é demonstrado pelo excepcional crescimento like-for-like (LFL) das vendas (+11,2%), a que correspondeu um aumento em volume de 13,4%. Trata-se de um desempenho notável, tendo em conta a redução de preços verificada. O Pingo Doce procedeu, ao longo de 2006, à remodelação de 25 unidades, o que demonstra bem a sua aposta na qualidade. Em simultâneo, foram inauguradas 10 novas lojas, tendo-se terminado o ano com 189 unidades em Portugal Continental. No Feira Nova, o reposicionamento de preços e de formato deu um forte contributo para a expansão dos negócios. As vendas subiram 8%, para 739,6 milhões de euros, tendo-se registado um aumento das vendas LFL de 2,1% no formato das médias superfícies. Os hipermercados continuaram a ser afectados pelo difícil enquadramento competitivo sentido neste formato. O Feira Nova continuou a apostar na consolidação da sua presença no mercado, com a abertura de 9 médias superfícies, elevando o número total de unidades da cadeia para 38. As vendas do Recheio atingiram 602,2 milhões de euros, um crescimento de 4,1% face a 2005. As vendas LFL aumentaram 3,6% (+5,3% no último trimestre). Esta companhia atingiu, no 4º trimestre, o seu objectivo de concentrar o maior peso das suas vendas no segmento HoReCa, reforçando a prioridade nas áreas de perecíveis e marca própria (MasterChef), tendo igualmente aumentado as suas vendas no canal do retalho tradicional. Na Madeira, os negócios do Pingo Doce cresceram 7,2%, em resultado da estratégia implementada, centrada na aposta na marca própria e na forte competitividade de preços. A operação de Cash & Carry na Madeira cresceu 1,6% face a 2005, como consequência do bom desempenho das vendas no canal HoReCa. Na área da Indústria, as vendas aumentaram 5%, atingindo 253 milhões de euros, não obstante a alienação do negócio de ultracongelados, concretizada no último trimestre de 2006. A estratégia de inovação, com forte investimento de marketing nas principais marcas, permitiu consolidar as quotas de mercado. Refira-se que esta área de negócio registou um crescimento de 5,5% do cash flow operacional, sendo responsável por 14,1% do EBITDA do Grupo. Na área dos Serviços de Marketing, Representações e Restauração as vendas registaram uma excelente taxa de crescimento (+7,7%) em resultado da evolução muito favorável no segmento da cosmética e do aumento do peso dos negócios de restauração. Nesta área, é importante destacar a diversificação do portefólio, que passou a integrar 13 lojas Olá e a contar com a representação das importantes marcas Lindt e Panini. Polónia: cash flow operacional dispara em 2006 A cadeia de retalho do Grupo na Polónia (Biedronka) afirmou-se, uma vez mais, como líder incontestável no retalho alimentar. As suas vendas totais aumentaram 27,3% em euros, decorrente da expansão do parque de lojas (mais 100 lojas do que em 2005), combinado com o notável crescimento LFL das vendas de 11,8%, valor muito superior à média do sector. O peso da Biedronka nas vendas consolidadas do Grupo aumentou para 38,9% em 2006 ( 35,2% em 2005). Na Polónia, a prioridade dada à eficiência da operação contribuiu, não só para a solidez do crescimento das vendas, como também para o reforço do EBITDA que atingiu 90,1 milhões de euros em 2006 (mais 31,8% do que em igual período do ano anterior). Balanço: crescimento do capital próprio permite melhoria no gearing O Grupo Jerónimo Martins prosseguiu, em 2006, o seu forte investimento na expansão dos negócios, mantendo, em simultâneo, uma firme aposta na solidez do balanço. O compromisso de crescimento está bem patente nos 246,7 milhões de euros investidos na expansão do Grupo. Do valor total do investimento – 346,1 milhões de euros – 60% foram aplicados nas cadeias de distribuição em Portugal e 38% na Polónia. No que se refere à estrutura do balanço, destaca-se o fortalecimento dos capitais próprios e a estabilização da dívida, que permitiram uma melhoria considerável do gearing (de 74,2% em 2005 para 66,0% em 2006). O Conselho de Administração vai propor, na próxima Assembleia-Geral de Accionistas, a distribuição de um dividendo bruto de 0,44 euros por acção, em linha com a política de dividendos da Sociedade. Esta proposta traduz-se num aumento de 4,8% face ao dividendo atribuído em 2005. |