Entrevista a Cláudia Almeida e Silva, directora geral da Fnac Portugal 2008-02-26
É portuguesa e a primeira mulher a assumir um cargo de direcção geral da Fnac. Cláudia Almeida e Silva é a nova directora geral da Fnac Portugal, sucedendo a Enrique Martinez, entretanto nomeado director geral da Fnac Espanha e responsável pela Península Ibérica. Ao “volante” da operação portuguesa desde o passado dia 1 de Fevereiro, não avança mudanças nem traça novos objectivos, mas pede níveis de exigência cada vez mais elevados. O seu grande objectivo coincide com o da organização, de continuar a história de sucesso da Fnac no mercado nacional, pela via da inovação e da surpresa para o consumidor. A sua nomeação para directora geral da Fnac Portugal segue-se a um conjunto de mudanças estruturais no seio da organização, a nível internacional. O que motivou estas mudanças? As recentes nomeações vêm no seguimento de uma reestruturação global da organização, fruto de uma aposta cada vez maior no mercado internacional. A Fnac quer ser uma empresa de cariz internacional e não apenas conotada como francesa. Se queremos ser o número um do retalho especializado europeu, não podemos pensar de outra forma e necessitamos de acelerar esse potencial e a partilha de informação ao nível de todos os países onde estamos presentes. Assim, foram criadas regiões, o pólo ibérico, a Europa do Norte e a Europa do Sul, de acordo com os diferentes níveis de maturidade das distintas operações internacionais. Portugal e Espanha ficaram agrupados numa única região, porque estão muito próximos nessa maturidade, e, desse modo, consegue-se tomar decisões de uma forma mais eficaz e adequada aos mercados em questão. O anterior director geral da Fnac Portugal, Enrique Martinez, assumiu a direcção do pólo ibérico e fica directamente com a direcção geral de Espanha. O objectivo do grupo é ter directores gerais muito próximos do terreno, daí também a nomeação de uma portuguesa para a direcção geral em Portugal. Quais as mudanças que esta reorganização provoca na estrutura interna? O facto de haver uma direcção ibérica não acarreta alterações na estrutura em Portugal. Ter uma pessoa responsável pelos dois mercados significa, sim, uma oportunidade para aproveitar o que cada um tem de bom e acelerar as sinergias. Todos temos uma orientação internacional do percurso a seguir, mas a tomada de decisão permanece descentralizada. No fundo, trata-se de criar um nível intermédio, para que se possa acelerar o desenvolvimento da marca Fnac no país, aproveitando as experiências positivas que se passam nos outros mercados. Havendo agora um director ibérico, essa reestruturação vai aumentar ou retirar autonomia a Portugal? A estratégia que vinha a ser seguida também não muda. De facto, apesar de passarmos a estar inseridos numa região, com um director ibérico, ganhamos mais autonomia, pela coincidência de interesses e de necessidades derivados dos níveis de maturidade superiores em que os mercados português e espanhol já se encontram, face às outras operações internacionais. Desta forma, avançamos de forma mais autónoma e rápida, respondendo mais eficazmente às situações que se nos colocam. Mas ao nível das compras, não passa a existir uma estrutura de compras internacional? Ao nível do grupo PPR, essa estrutura já existia. Como também já estava nomeada uma pessoa para pensar exclusivamente a marca Fnac e potenciar a comunicação dos seus valores em cada um dos países. (...) Leia a entrevista na totalidade na edição impressa da Rm-Revismarket |