Nos últimos seis meses, 57 por cento dos internautas portugueses criaram ou geriram um perfil numa rede social online, 54 por cento deixaram comentários em sites ou blogues e 55 por cento partilharam ficheiros de música com os amigos. Estas são alguma das conclusões do primeiro estudo “Wave - Power to the People” realizado em Portugal, um exclusivo da UM que tem como objectivo analisar e comparar a evolução do tempo despendido e do tipo de utilização dada pelos utilizadores de “social media”, nomeadamente aplicações, plataformas e meios focados na colaboração, partilha e interacção entre utilizadores.
De acordo com a pesquisa, os hábitos de "social media" dos portugueses estão alinhados com os dos restantes países estudados. “Apesar da preocupação com a segurança online, o digital faz parte do dia-a-dia dos portugueses, tendo proporcionado um alargamento da rede de contactos pessoais dos internautas, esbatendo barreiras físicas e temporais. A media social veio amplificar o poder do ‘word-of-mouth’, tornando o consumidor português num media cada vez mais poderoso. A tecnologia veio abrir um mundo de escolhas aos consumidores portugueses que estão mais relacionados, mais informados e mais participativos”, avança a UM em comunicado.
Entre os internautas portugueses, 43 por cento confiam na opinião dos bloguers sobre produtos e serviços, uma pergentagem que está acima da média global de 33 por cento. O estudo revela ainda que 65 por cento consideram-se “opinion makers” junto dos amigos no que se refere à compra de produtos. Procuram informação junto dos seus pares, aquando da compra de produtos como hardware (19%), produtos financeiros (17%), serviços de saúde e automóveis (16%), tecnologia doméstica (15%) e bens de grande consumo (14%).“Actualmente é inegável que os indivíduos são eles próprios um media, mas também um alvo dos seus ‘peers’ e das marcas que os consigam influenciar,” comenta Pedro Batista, director geral da UM. “Neste ambiente, a comunicação ‘one-to-one’ torna-se crucial para que as marcas vençam o desafio da relevância,” conclui.
A nível global, no último ano, o número de contactos médio online de cada internauta cresceu mais de 40 por cento. “É por isso fundamental para as marcas perceber a vivência online destes consumidores, já que este meio é utilizado como meio de opinião e pesquisa de informação”, sustenta a UM. Em termos globais, temas como filmes, música e moda são assuntos acerca dos quais a percentagem de internautas que admite perguntar a opinião mais do que duplicou no último ano.
Entre as actividades que mais cresceram, mais 22 por cento de internautas afirmam já ter colocado posts online, mais 17 por cento referiram já terem iniciado um blogue e subiu em 16 por cento o número de internautas que já comentaram sites de notícias. Em média, 74 por cento dos internautas do estudo já leram blogues e 40 por cento afirmam mesmo já ter começado a escrever um. A partilha de fotos, recomendação de websites e a partilha de músicas preferidas ocupam o top de actividades realizadas pelos bloguers globais.
O estudo revela ainda que as redes sociais são já hoje uma realidade paralela às redes de contacto pessoais, para 68 por cento dos internautas. Trata-se de um fenómeno transversal, mas que nos países asiáticos assume uma percentagem particularmente elevada. A vertente de socialização destas redes é assumida por mais de 50 por cento dos internautas, que aponta como motivação para a adesão o conhecer novas pessoas, o estar em contacto e o sentimento de pertença.
